(ANSA) - O ministro israelense da Defesa, br/brasil/noticias/ultimo_momento/2025/03/19/onu-confirma-morte-de-funcionario-em-ataque-de-israel-em-gaza_5f8e16ae-9234-4c99-8290-3129568c5082.html" target="_blank" rel="noopener">Israel Katz, ameaçou nesta sexta-feira (21) anexar partes da Faixa de Gaza se o Hamas se recusar a libertar os cerca de 60 reféns ainda sob poder do grupo.
A declaração chega três dias depois do fim do cessar-fogo no enclave palestino, com a retomada dos ataques aéreos e das operações por terra por parte de Israel, que já deixaram mais de 500 mortos desde a madrugada da última terça (18).
"Eu ordenei que [o Exército] tome mais territórios em Gaza. Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais territórios ele perderá", afirmou Katz em um comunicado.
O ministro ameaçou "expandir as zonas de proteção ao redor de Gaza para proteger a população civil israelense e os soldados, por meio de uma ocupação permanente da área".
Um frágil cessar-fogo estava em vigor no enclave desde 19 de janeiro, mas foi rompido por Israel na madrugada de segunda para terça-feira, com os argumentos de que o Hamas rejeitou repetidas ofertas de extensão da trégua e preparava novos atentados terroristas, acusações negadas pelo grupo.
Desde a retomada da guerra, cerca de 500 pessoas já foram mortas em Gaza em ataques israelenses, incluindo quase 200 crianças, segundo o Ministério da Saúde local.
A ameaça de Israel de anexar partes de Gaza também chega na esteira do projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar a população palestina para transformar o enclave em uma espécie de resort no Mediterrâneo.
Segundo o plano do magnata, os habitantes de Gaza seriam realocados em países árabes, que condenaram a ideia. (ANSA).
Israel ameaça anexar partes da Faixa de Gaza
Ministro cobrou libertação de reféns por parte do Hamas
