União Europeia

Itália bate recorde de casos de Covid pelo 4º dia seguido

Fila para entrada no Museu Egípcio de Turim, norte da Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - A Itália bateu nesta sexta-feira (31) um novo recorde de casos diários de Covid-19.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 144.243 novos diagnósticos positivos, renovando o maior número de contágios no país desde o início da pandemia pelo quarto dia seguido.

Além disso, essa cifra representa um aumento de 185% em relação a sexta-feira da semana passada, quando foram contabilizados 50.599 casos, número recorde na ocasião.

A média móvel de contágios em sete dias chegou a 79.703, valor 268% maior do que duas semanas atrás, o que caracteriza uma curva em franca aceleração.

O total de casos ativos também é recorde: 900.984, sendo que 98,62% (888.574) estão em isolamento domiciliar. A Itália também soma 11.150 internados em leitos de enfermaria (1,24%) e 1.226 pacientes em UTIs (0,14%), maiores valores desde a segunda quinzena de maio.

O boletim registra 119 entradas na terapia intensiva nesta sexta-feira, fazendo a média móvel subir para 113, alta de 46,65% na comparação com duas semanas atrás.

A diferença no ritmo de expansão dos casos e das hospitalizações pode ser explicada pelo nível de vacinação da população italiana (quase 80% com o primeiro ciclo concluído), o que faz com que os contágios provocados pela variante Ômicron em pessoas já imunizadas sejam assintomáticos ou com sintomas leves.

O balanço desta sexta ainda contabiliza 155 mortes, com média móvel em 145, alta de 35% em relação há 14 dias. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a Itália soma 6.125.683 casos e 137.402 vítimas desde o início da pandemia.

 

Restrições

Para evitar o risco de sobrecarga nos hospitais, o governo italiano aprovou na última quarta-feira (29) a extensão do chamado "passe verde reforçado", certificado sanitário concedido apenas a vacinados ou recém-curados da Covid-19.

Esse documento já era exigido em eventos esportivos, shows, casas noturnas e áreas cobertas de bares e restaurantes, mas, a partir de 10 de janeiro, também será cobrado em hotéis e estruturas receptivas, mesas de restaurantes ao ar livre, congressos, feiras, teleféricos, piscinas, museus e até transportes públicos.

Na prática, quem não tiver se vacinado contra a Covid ou não tiver se curado da doença há menos de seis meses ficará excluído da maior parte da vida social. (ANSA) 

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