(ANSA) - O italiano Davide Paitoni, que matou o próprio filho de apenas sete anos e tentou assassinar a ex-esposa, revelou detalhes sobre o crime ocorrido em Morazzone, no norte do país, na noite do último sábado (1º).
Detido pela polícia local, o homem confessou ter tirado a vida de seu filho, Daniele, com uma facada no pescoço e depois escondeu o corpo dentro de um armário.
Segundo o relato disponível na ordem de prisão, na noite do crime, Paitoni conveceu seu pai, que tem problemas auditivos, a "espera-lo no seu quarto onde estava vendo televisão". Enquanto isso, ele propôs ao filho fazer um desenho para surpreender o avô.
Na sequência, Paitoni deu um soco forte em seu filho e enfiou um pano em sua boca para não gritar. Após assassinar a criança e esconder o corpo no armário, enviou uma mensagem para sua ex-esposa, dizendo que levaria o filho de volta para a casa dela, após "um dia maravilhoso".
Ao chegar na residência da mulher, cuja identidade não foi revelada, na cidade vizinha de Gazzada Schianno, o homem a atacou no rosto, abdômen e costas, insultando-a e culpando-a pela morte do filho.
Em uma carta deixada sobre o corpo de Daniele, Paitoni enfatizou que foi "um gesto feito para fazer sofrer a mulher que eu amava de verdade".
Na ordem de prisão contra o homem de 40 anos, o juiz de instrução de Varese, Giuseppe Battarino, ressaltou que o assassinato da criança "não era previsível", mas tinha o objetivo de punir a mãe por ter se separado de Paitoni.
"É bom partir de um fato que pode parecer paradoxal no que diz respeito ao desfecho mortal de pai e filho juntos na casa de Morazzone", disse ele.
De acordo com o juiz de Varese, foi a mãe quem levou seu filho ao pai, às 13h (horário local), do dia 1º de janeiro", um gesto, "completamente incompatível com qualquer alarme que uma atitude anterior do pai pudesse ter suscitado na mulher".
Paitoni já estava em regime de prisão domiciliar por ter esfaqueado um colega de trabalho em 26 de novembro e tinha obtido o direito de passar o Réveillon com o filho, que teria de ser devolvido à mãe no dia do crime. (ANSA)
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