União Europeia

Diretores pedem adiamento de aulas presenciais na Itália

Escolas voltam de recesso de fim de ano em 10 de janeiro

Retorno às aulas em Milão nesta sexta-feira (7); na maior parte do país, escolas reabrem no dia 10

Redazione Ansa

(ANSA) - Diretores de escolas da Itália pediram para o governo adiar o retorno das aulas presenciais, previsto para 10 de janeiro na maioria das regiões do país, após o recesso de fim de ano.

Cerca de 1,5 mil dirigentes escolares assinaram um apelo enviado ao premiê Mario Draghi e ao ministro da Educação, Patrizio Bianchi, defendendo a "suspensão provisória das aulas presenciais por duas semanas", período em que os alunos teriam lições a distância.

O objetivo, segundo os diretores, é evitar uma "situação impossível de se administrar e que provocará fragmentação, interrupção das aulas e escassa eficácia formativa". No apelo, os signatários afirmam que os colégios estão enfrentando uma "crescente" falta de funcionários em quarentena por causa da Covid.

"São números altíssimos, nunca antes vistos. Sem o pessoal necessário, não sabemos como vamos receber e cuidar das crianças e jovens", diz o documento, que aponta também uma "elevada incidência" de contágios entre alunos e professores antes mesmo da pausa de fim de ano.

"Trata-se de uma situação nunca experimentada antes", acrescentam os dirigentes escolares.

A Itália vive uma explosão nos casos de Covid-19 devido à variante Ômicron e registrou cerca de 220 mil contágios na última quinta-feira (6), recorde desde o início da pandemia.

De acordo com o Ministério da Saúde, o país contabiliza aproximadamente 1,6 milhão de casos ativos, ou seja, pessoas atualmente infectadas e que cumprem quarentena ou estão internadas.

Além disso, indivíduos que tiveram contato com diagnosticados com Covid também precisam ficar em isolamento, a não ser que tenham concluído o primeiro ciclo de vacinação há menos de quatro meses ou já tenham tomado a dose de reforço.

No entanto, apesar desse cenário de possível falta de professores, o ministro Bianchi garantiu nesta sexta-feira (7) que o governo não vai mudar de ideia. "Estamos atentos às muitas vozes que nos chegam [dos diretores], mas também às tantas que nos dizem que a escola deve continuar sendo presencial", disse.

A Itália ainda tem 770 mil jovens entre 12 e 19 anos e 3,2 milhões de crianças entre cinco e 11 anos que não se vacinaram. Já entre professores e funcionários escolares, a imunização contra a Covid-19 é obrigatória. (ANSA)

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