(ANSA) - A incidência de casos de Covid-19 na Itália mais que dobrou em uma semana, impulsionada pela disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus.
De acordo com relatório do Instituto Superior da Saúde (ISS), o país registrou nos últimos sete dias um índice de 1.669 casos para cada 100 mil habitantes, crescimento de 113% em relação ao período anterior (783/100 mil).
Já a taxa de transmissibilidade do novo coronavírus saltou de 1,18 para 1,43 em uma semana. Isso significa que, em média, 100 pessoas transmitem o Sars-CoV-2 para outros 143 indivíduos.
A incidência mais alta é registrada na Toscana (2.680 casos para cada 100 mil habitantes), seguida por Lombardia (2.587) e Vale de Aosta (2.256/100 mil).
O relatório também aponta que o índice de ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19 em âmbito nacional cresceu de 12,9% para 15,4% em uma semana, enquanto nas enfermarias a taxa aumentou de 17,1% para 21,6%.
Segundo o subsecretário do Ministério da Saúde, Pierpaolo Sileri, a onda de contágios provocada pela Ômicron ainda não atingiu seu pico e vai aumentar a pressão sobre os hospitais, porém não da mesma forma que antes, já que o vírus parece ser menos agressivo e a maior parte da população está vacinada.
"É evidente que essa onda será numericamente muito alta em termos de casos, mas a pressão sobre os hospitais não será como aquela que tínhamos com a variante Delta", declarou. Ainda assim, Sileri alertou para um "aumento das internações nos próximos dias" e disse que a rede hospitalar "precisa estar pronta para administrar essa situação".
"Temos um aumento exponencial dos contágios, o que faz com que muitas pessoas, frequentemente com sintomas leves, peçam assistência à rede hospitalar. Infelizmente, tudo o que não é Covid acaba sendo acumulado ou adiado", acrescentou.
A Itália vem registrando seguidos recordes de casos do novo coronavírus e, na última quinta (6), superou pela primeira vez a marca de 200 mil contágios em um único dia, com 219.441.
As mortes e internações, no entanto, estão longe de seus picos na pandemia, o que se deve ao fato de 78% da população ter concluído o primeiro ciclo de vacinação e um terço ter tomado a dose de reforço.
Mesmo assim, o governo da Itália vai tornar obrigatória a vacinação contra Covid para pessoas a partir de 50 anos, faixa etária que tem cerca de 2,1 milhões de indivíduos ainda sem a primeira dose. (ANSA)
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