(ANSA) - A volta às aulas presenciais na Itália na próxima segunda-feira (10) virou alvo de grande discussão entre governadores e o Executivo nacional por conta da explosão de novos casos de Covid-19 no país.
Contrariando o pedido do governo de Mario Draghi, o líder da região da Campânia, Vincenzo De Luca, baixou um decreto nesta sexta-feira (7) em que adia a retomada das aulas presenciais para o dia 29 de janeiro. No dia 10, começa apenas a educação a distância.
Já neste sábado (8), a Sicília determinou o atraso de três dias para o reinício dos estudos para permitir que uma força-tarefa regional consiga verificar todos os aspectos sanitários para a volta com segurança. Na quarta-feira (12), uma nova reunião será realizada para definir se as aulas voltam no dia seguinte ou terão um maior adiamento.
As decisões regionais se somam a um apelo enviado por cerca de 1,5 mil dirigentes escolares a Draghi para suspender temporariamente o reinício do ano letivo e manter apenas o ensino a distância. A preocupação do grupo é de que haja falta de funcionários por conta do aumento exponencial de contágios e o isolamento obrigatório para quem testa positivo.
A postura do Ministério da Educação é fazer a retomada presencial para não prejudicar mais o ensino das crianças e dos jovens nesse semestre e uma reunião neste sábado entre a pasta e sindicatos apresentou o plano sobre como lidar com surtos pontuais em estabelecimentos de ensino.
No entanto, Zaia voltou a fazer um apelo para que o Comitê Técnico-Científico (CTS), que orienta o governo nacional sobre a gestão da pandemia, para dar uma "definição científica" do que fazer nesse momento.
"Nós temos diante de nós um cenário que será um calvário para a escola, entre os professores atingidos pela Covid, entre os que faltam pela doença, por conta dos antivacina e as novas regras do DAD [ensino a distância]. Enfim, estamos arriscando fazer uma falsa abertura", afirmou o governador.
Por conta da nova explosão de casos provocados pela disseminação da variante Ômicron, a média diária está em 136 mil contágios por dia, número recorde desde o início da crise sanitária. (ANSA).