União Europeia

Pelo segundo dia, Itália tem alta procura por primeiras doses

Novo decreto tem impulsionado vacinação no país

Redazione Ansa

(ANSA) - Pelo segundo dia consecutivo, a Itália voltou a ter altos números na busca pela aplicação da primeira dose das vacinas contra a Covid-19, informa o Ministério da Saúde neste domingo (9).

Neste sábado (8), foram 68.990 pessoas que iniciaram o ciclo de imunização, o maior número desde 15 de outubro do ano passado. Na sexta-feira (7), já haviam sido 66.565 pessoas nesta categoria, número 60% superior à média diária da última semana.

Para o governo, essa "retomada" ocorre por conta do decreto de obrigatoriedade de vacinação para todas as pessoas com mais de 50 anos que moram na Itália a partir de 1º de fevereiro. Além da necessidade de estarem protegidas, quem não se vacinar, pode pagar multas de 100 a 1,5 mil euros (R$ 640 a R$ 9,6 mil).

No sábado, o próprio comissário para a gestão da pandemia, Francesco Figliuolo, afirmou que a procura pela primeira dose triplicou nessa faixa etária - das cerca de 5,5 mil de média, foram 15,2 mil pessoas indo se vacinar na sexta.

No último levantamento divulgado pelo governo, há cerca de cinco milhões de pessoas com mais de 12 anos que ainda não se vacinaram, sendo que cerca de dois milhões delas têm mais de 50 anos.

Na última atualização do boletim de vacinação, feita na madrugada deste domingo, 89,36% dos cidadãos com mais de 12 anos já iniciaram o ciclo vacinal e 86,31% tomaram as duas doses das vacinas. Outras 22,8 milhões tomaram a terceira dose e, desde a semana passada, o reforço também foi autorizado para os adolescentes com mais de 12 anos.

Já entre as crianças de 5 a 11 anos, que iniciaram a vacinação no dia 16 de dezembro, 14,32% tomaram a primeira dose, o que representa 523.411 pessoas.

Além da obrigatoriedade, outro motivo que pode estar impulsionando as pessoas a buscarem as injeções é a explosão de novos casos da Covid-19 no país. A média diária está em pouco mais de 144 mil contágios por dia. Apesar de não acompanhar o mesmo ritmo, as mortes também estão aumentando, com uma média de 195.

Neste domingo (8), um dos imunologistas do Comitê Técnico-Científico (CTS), que orienta as decisões do governo italiano, Sergio Abrignani, afirmou que o grupo estima que serão cerca de 2,5 mil mortes nos próximos 30 dias de pessoas não vacinadas.

"Na população com mais de 50 anos, para a qual haverá a obrigatoriedade vacinal, há cerca de 2,2 milhões de pessoas não vacinadas e que contribuem com 75% das internações em unidades de terapia intensiva e com 60% das mortes. Nesses últimos 10 dias, nós tivemos uma média de 160 mortes por dia, dos quais 85% a 90% não eram vacinados. Eram mortes que poderiam ter sido evitadas", disse em entrevista à "Radio 24". (ANSA).
   

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