(ANSA) - Os parlamentares que estiverem de quarentena durante a eleição para presidente da Itália poderão votar no estacionamento da Câmara dos Deputados.
A primeira votação está prevista para 24 de janeiro, e apenas parlamentares vacinados ou recém-curados da Covid-19 poderão entrar no plenário da Câmara, onde acontece a eleição.
No entanto, os partidos vinham pressionando por uma solução que permitisse a eleitores em quarentena participar do pleito.
A solução encontrada pelo presidente da Câmara, Roberto Fico, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), foi montar um local de votação em um estacionamento do Parlamento.
O governo do premiê Mario Draghi já aprovou nesta sexta-feira (21) um decreto que permite aos eleitores em isolamento sair de suas residências para votar, mas eles precisarão se deslocar em veículos particulares e usar máscara PFF2.
De acordo com o jornal La Repubblica, a Itália tem hoje cerca de 30 parlamentares em quarentena por causa da Covid. O colégio que elege o presidente da República é formado por 1009 eleitores, incluindo 630 deputados, 321 senadores e 58 delegados das 20 regiões do país.
Para ser eleito, um candidato precisa obter dois terços dos votos (673), mas esse patamar vale apenas para os três primeiros escrutínios. Se o pleito chegar até a quarta votação, passa a ser necessária somente a maioria simples (505).
Essa diferença é uma maneira de incentivar os partidos a buscar um consenso o mais amplo possível, uma vez que o cargo de presidente tem um caráter mais institucional do que político, embora não seja meramente decorativo.
De acordo com o protocolo anti-Covid definido pelo Parlamento, será realizada apenas uma votação por dia, e os eleitores serão convocados em grupos de 50 por vez.
Os votantes precisarão higienizar as mãos com álcool antes e depois de depositar sua cédula e usar máscara PFF2. Além disso, será permitida a presença de no máximo 200 eleitores por vez no plenário da Câmara.
Os mais cotados para a vitória são o premiê Mario Draghi, o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e o atual presidente Sergio Mattarella, mas é normal que os partidos deixem para formalizar suas indicações apenas de última hora. (ANSA)
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