União Europeia

Deputado italiano morre, e Câmara fará votação urgente para substituição

Morte diminuiria o número de eleitores em disputa presidencial

Enzo Fasano morreu aos 70 anos neste domingo

Redazione Ansa

(ANSA) - A morte do deputado Enzo Fasano, do Força Itália, no fim da noite deste domingo (23) provocou uma situação inédita na história da política italiana. Por conta do início das eleições do novo presidente do país, uma sessão extraordinária será realizada para anunciar seu substituto.

A princípio, a substituição ocorreria ainda nesta segunda-feira (24), mas como tudo indica que o pleito de hoje não tenha vencedor, a Câmara optou por convocar o plenário apenas na terça-feira (25).

Fasano tinha 70 anos e atuava há décadas na política, tendo sido assessor na região da Campânia em 1995. No Parlamento, o político do partido de Silvio Berlusconi estava há quatro legislaturas como deputado e já havia sido senador por duas vezes.

"Adeus, Enzo! Se foi um amigo e um companheiro de tantas batalhas. Força Itália chora por Enzo Fasano, parlamentar e coordenador de Salerno. Que uma oração o acompanhe", disse o coordenador nacional do FI, Antonio Tajani.

A morte de Fasano na véspera da votação acabou fazendo com que os deputados, em uma reunião extraordinária, optassem por acelerar o processo de sucessão para permitir que a votação para presidente seja realizada com 1.009 eleitores, como rege o rito.

Normalmente, enquanto o Parlamento está fazendo escrutínios para eleger um presidente, todas as sessões da Câmara e do Senado são suspensas, voltando à normalidade apenas após a escolha ser realizada.

Para o lugar de Fasano, será empossada Maria Rosa Sessa, a primeira colocada entre os que não foram eleitos em 2018 pelo FI e aliada da ministra Mara Carfagna. Segundo a mídia de Salerno, Sessa já está em Roma para participar da primeira sessão de eleição.

Para ser eleito o novo presidente da Itália, um candidato precisa obter dois terços dos 1009 votos disponíveis (673), mas esse número vale apenas para os três primeiros escrutínios. Se o pleito chegar precisar de uma quarta votação, passa a ser necessária apenas a maioria simples (505).

Como a situação está bastante indefinida, sem um nome de consenso entre os partidos, cada voto será importante para definir que será o escolhido. (ANSA).
   

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