(ANSA) - Sete migrantes que estavam a bordo de um barco com destino a ilha italiana de Lampedusa morreram de frio durante a travessia do Mar Mediterrâneo, nesta terça-feira (25).
"Três pessoas morreram durante a travessia. Outras quatro chegaram com hipotermia severa e morreram durante a transferência para a ilha, após serem interceptadas pela Guarda Costeira italiana", relatou o prefeito Totò Martello.
O barco estava a cerca de 24 milhas da costa de Lampedusa quando o resgate foi acionado. Ao todo, 280 pessoas estavam a bordo, sendo a maioria de Bangladesh e Egito. As sete vítimas eram de Bangladesh, informou a imprensa italiana.
Os sobreviventes foram levados para o centro de saúde e para o hotspot de Contrada de Imbriacola, onde já estavam presentes 365 pessoas. Desta forma, o número total de migrantes alojados subiu para 645, em comparação com os 250 lugares disponíveis.
Hoje, está prevista a transferência de pouco mais de 100 pessoas, já submetidas ao teste rápido para diagnóstico de Covid-19 e identificadas, para o navio de quarentena ancorado em Cala Pisana.
No último domingo, quando a presença na estrutura chegou a 700, 418 migrantes foram transferidos para o navio.
"Mais uma tragédia, mais uma vez lamentamos vítimas inocentes. Aqui continuamos a fazer nossa parte em meio a muitas dificuldades, apesar de o governo italiano e a Europa parecerem ter esquecido de Lampedusa. Mas não podemos continuar sozinhos por muito mais tempo", lamentou Martello.
O Ministério Público de Agrigento abriu um inquérito para apurar a tragédia do mar. Para o procurador-chefe Luigi Patronaggio e o adjunto Salvatore Vella, o caso representa morte ou lesão em consequência de outro crime ligado à cumplicidade na imigração ilegal.
A investigação é mais uma em andamento para identificar os contrabandistas e organizadores da travessia.
O número de migrantes que chegaram à Itália aumentou de forma considerável, passando de 34 mil, em 2020, para 64.500, em 2021, segundo dados oficiais. "A chegada de migrantes se tornou um fenômeno permanente. Não há diferença entre o verão e o inverno", concluiu Martello. (ANSA)
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