União Europeia

Parlamento da Itália faz 4ª tentativa de eleger presidente

Redazione Ansa

(ANSA) - O Parlamento da Itália faz nesta quinta-feira (27) a quarta votação para eleger o próximo presidente da República, mas, assim como nas três anteriores, o escrutínio deve terminar sem um vencedor.

Diferentemente das três primeiras sessões, quando era necessária a maioria qualificada de dois terços dos votos (673 de um total de 1.009), agora um candidato precisa apenas da maioria simples (505).

Ainda assim, nenhum campo político tem os votos para eleger sozinho o próximo presidente, e os partidos negociam para tentar chegar a um nome de consenso.

As principais legendas voltaram a orientar o voto em branco ou a abstenção, mas o número de insatisfeitos vem crescendo a cada escrutínio: na primeira votação, foram 672 votos em branco; na segunda, 527; na terceira, 412.

Além disso, a última sessão teve votações expressivas para o atual presidente Sergio Mattarella (125), que não quer ser reeleito, e para o candidato de ultradireita Guido Crosetto (114).

"Acredito que vamos resolver amanhã", disse o ex-premiê Matteo Renzi, senador e líder do partido de centro Itália Viva (IV). A busca por um nome de consenso se dá não apenas para garantir que o candidato seja eleito, mas também para manter a unidade do governo de Mario Draghi.

Dos grandes partidos do país, apenas um, o Irmãos da Itália (FdI), de extrema direita, está hoje na oposição, e a eventual vitória de um postulante sem os votos de toda a base aliada poderia provocar uma ruptura na coalizão.

O próprio Draghi é um dos cotados, mas sua ida à Presidência exigiria a escolha de outro primeiro-ministro para governar a Itália até o fim da legislatura, em 2023.

Outros ainda cogitados são o senador de centro Pier Ferdinando Casini e o próprio Mattarella, que, no entanto, não quer saber de reeleição e já iniciou até sua mudança do Palácio do Quirinale.

Apesar de ter um papel mais institucional do que político, o presidente da Itália está longe de ser uma figura meramente cerimonial e tem poder para influenciar os rumos do país, nomeando premiês, barrando indicações de ministros e até cobrando a aprovação de leis do interesse da nação. (ANSA)

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