(ANSA) - O governo da Itália aprovou nesta quarta-feira (2) um decreto que elimina a limitação temporária do passaporte sanitário para quem recebeu a terceira dose da vacina e atualiza outras regras anti-Covid no país.
"Prorrogamos a validade do passe verde após o reforço, que são seis meses. A avaliação do governo é não estabelecer limites ao passe sanitário para quem tem o reforço, que hoje são 34 milhões de italianos", afirmou o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, durante coletiva de imprensa.
O decreto determina que os certificados sanitários emitidos após a terceira dose são eficazes. Desta forma, o passe verde terá duração ilimitada para quem completou o ciclo de vacinação e também para aqueles que tiveram a infecção após duas doses.
Além disso, as restrições impostas nas regiões classificadas como "vermelhas" devem ser respeitadas apenas por pessoas não imunizadas.
Segundo o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, as novas medidas "vão no sentido de uma reabertura ainda maior do país" e esse caminho será mantido durante as próximas semanas.
Em relação aos estrangeiros, todos que visitam a Itália e possuem certificado de cura ou vacinação com dose autorizada ou reconhecida na Itália terão permissão de acessar as atividades e serviços após a realização de um teste de antígeno rápido (validade de 48 horas) ou molecular (validade de 72 horas), no caso de já terem decorrido mais de seis meses desde a conclusão do ciclo de vacinação ou recuperação.
Já no que diz respeito à escola, o decreto prevê que, a partir do ensino fundamental, e alunos vacinados não irão mais para o ensino a distância.
As regras serão válidas em todos os anos escolares: no jardim de infância, os alunos voltarão para o ensino à distância após a constatação de cinco casos positivos de Covid; na escola primária, somente os não vacinados vão para o digital a partir de cinco casos; no ensino secundário, os não imunizados voltam para as aulas à distância após dois casos positivos.
"É hora de começar a construir um novo tempo", disse Speranza.
Apesar da divulgação do decreto, o documento não foi aprovado por unanimidade, tendo em vista que o partido de extrema-direita Liga rejeitou a proposta envolvendo a quarentena escolar, alegando que é uma forma de discriminação contra crianças não vacinadas.
As novas regras entrarão em vigor no dia seguinte à publicação no Diário da República. (ANSA)
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