(ANSA) - Em uma cerimônia no Palácio do Quirinale, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, prestará um novo juramento para assumir mais sete anos de mandato nesta quinta-feira (3).
Após relutar em reassumir a função, o mandatário foi escolhido novamente pelos partidos italianos no último sábado (29), na oitava votação do Parlamento.
Mattarella obteve 759 dos 1009 votos disponíveis, na segunda maior votação da história da República italiana. O número de cédulas a seu favor também foi maior do que a sua primeira eleição em 2015, quando obteve 665.
Segundo fontes, o discurso de Mattarella nesta quinta será focado no papel da Itália na retomada pós-pandemia de Covid-19 da União Europeia e deve demorar cerca de meia hora. De perfil discreto e sempre conciliador, o presidente deve ainda abordar temas importantes para os italianos, como a vacinação contra a Covid e questões econômicas.
Todas as pessoas que participarem da cerimônia precisarão fazer um teste rápido no local para poder entrar no recinto e o uso de máscaras será obrigatório. Conforme o governo, só o distanciamento social durante o discurso não será levado em consideração.
Mattarella é apenas o segundo presidente italiano a ser reeleito - o primeiro foi seu antecessor, Giorgio Napolitano. A relutância do atual mandatário de reassumir a função vem pelo fato de ser um mandato longo, de sete anos, e também porque ele não queria tornar a prática da reeleição algo comum.
Em entrevista ao "Sky TG24", o ex-premiê Matteo Renzi, que foi quem indicou o nome de Mattarella em 2015 após a renúncia de Napolitano, afirmou que Mattarella não assume com prazo para renunciar, como aconteceu com seu antecessor.
"O tom de Mattarella será muito diferente do de Napolitano. Mattarella é presidente em título total, evitem dizer um presidente com prazo, tem um mandato de sete anos e, como tal, pretende desenvolvê-lo por vários anos", disse Renzi.
Muitos analistas apontaram que a reeleição de Mattarella, único nome capaz de manter unida a coalizão de extrema-direita a centro-esquerda que sustenta o governo de Mario Draghi, poderia durar até a formação de uma nova legislatura, após as eleições de 2023. (ANSA).