União Europeia

Mafioso italiano achado pelo Maps na Espanha será extraditado

Gioacchino Gammino deve chegar a Roma nesta sexta-feira

Mafioso italiano foragido foi preso na Espanha após aparecer no Google Maps

Redazione Ansa

(ANSA) - O mafioso italiano Gioacchino Gammino, considerado um dos 20 foragidos mais perigosos do país, será extraditado pela Espanha e deve chegar a Roma nesta sexta-feira (11), informam as autoridades das duas nações.

A Espanha liberou a execução do mandado de prisão europeu, que havia sido emitido pela Procuradoria da República por meio do Tribunal de Agrigento em 29 de maio de 2014. Por conta da "profunda e intensa cooperação" de espanhóis e italianos, o procedimento foi realizado de maneira célere.

O criminoso era um dos líderes da máfia Stidda, grupo de que tem forte presença em áreas rurais da Sicília e que é rival do famoso grupo Cosa Nostra.

A prisão de Gammino virou notícia em todo o mundo porque ele foi localizado pelas autoridades por meio de uma imagem no Google Maps. Foragido há cerca de 20 anos, o italiano vivia em Galapagar sob o nome falso de Manuel. Lá se casou e trabalhava como chef, além de ser dono de uma loja de frutas e vegetais.

Durante todo o tempo, a polícia siciliana fez diversas operações para tentar localizar o homem, que agora tem 61 anos, mas não havia obtido sucesso. Porém, ao analisar uma foto de dois homens conversando em frente a um hortifrúti chamado El Huerto de Manu, verificou-se a possibilidade de um deles ser Gammino.

Os policiais foram checar mais a fundo os locais em Galapagar e encontraram uma foto de "Manuel", vestido como chef, em uma página de um restaurante no Facebook e não tiveram dúvidas de que se tratava do mafioso.

A prisão foi efetuada no dia 17 de dezembro de 2021, mas só foi tornada pública em 5 de janeiro deste ano.

O mafioso já foi condenado por assassinato e outros crimes com escopo mafioso à prisão perpétua e chegou a ser preso em 1984, quando foi investigado pelo juiz Giovanni Falcone, assassinado pela Cosa Nostra em 1992. Após fugir, ele foi detido pela segunda vez em Barcelona em 1998 e foi levado para o presídio de Rebibbia, em Roma.

Porém, em 2002, conseguiu fugir novamente durante a gravação de um filme no presídio e era procurado desde então. Em 2014, foi publicado um mandado de prisão internacional porque os investigadores acreditavam que ele já não estava mais escondido na Itália. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it