(ANSA) - O Grupo de Operações Especiais (ROS) da Itália prendeu neste domingo (13), em Palermo, o ex-médico Giuseppe Guttadauro e seu filho, Mario Carlo, por diversos crimes com associação mafiosa.
A ordem de prisão - domiciliar para o pai e carcerária para o filho - foi emitida pelo Tribunal de Palermo e acusa ambos de pertencerem à "família" da Cosa Nostra de Palermo-Roccella (que segue ordens de Brancaccio-Ciaculli) e de intervenções em diversas dinâmicas do clã mafioso de Villabate-Bagheria.
Guttadauro já havia sido condenado por crimes de tipo na década passada e, depois de ser libertado da prisão, em 2012, dizia ter "mudado de vida". Por isso, deixou o sul da Itália para morar na capital italiana.
Porém, as investigações apontaram que o ex-médico continuava a manter contatos com a organização mafiosa por meio de seu filho, que teria feito um "trato de parceria" com outros investigados pelos crimes que o pai cometeu.
Giuseppe é ainda irmão de Filippo Guttadauro, cunhado do foragido mais procurado da Justiça italiana, Matteo Messina Denaro. O mafioso está há mais de 30 anos fora dos radares oficiais.
Os investigadores chegaram ao ex-médico por conta de investigações sobre todo o clã mafioso e a procura por Denaro.
Os documentos ainda revelaram que o italiano desenvolvia um papel fundamental também no tráfico de drogas internacional.
Ele seria o responsável por organizar o comércio com o exterior, financiado por alguns cidadãos de Palermo, abrindo um caminho para a compra de cocaína na América do Sul e também com um cidadão albanês para o fornecimento de haxixe.
A organização inclusive tinha o apoio de um comissário de voo, que permitiria enviar 300 mil euros para o Brasil no momento do carregamento da droga no país com destino final aos Países Baixos. (ANSA).
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