União Europeia

Itália apoia encontro entre Putin e Zelensky, diz premiê

Draghi ainda ressaltou que irá em breve para Moscou

Redazione Ansa

(ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou nesta quinta-feira (17), durante uma reunião informal do Conselho Europeu, que o país "está fazendo o possível para apoiar" um encontro "que coloque na mesa de negociações o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky".

Segundo o premiê, o assunto já foi tratado por telefone, mas agora é preciso trabalhar para que isso aconteça de fato. E, por isso, será um dos temas debatidos em breve por ele durante uma visita para Moscou que está sendo organizada.

"Zelensky, durante uma ligação que nós tivemos ontem, pediu sobre a possibilidade de conseguir falar com o presidente Putin e ver se a Itália poderia ajudar nesse sentido", disse Draghi, ressaltando que acredita que o caso "não é fácil, mas é nosso objetivo".

Draghi ainda pontuou que, mesmo com as duas informações russas de que tropas estão sendo retiradas de pontos das fronteiras ucranianas após exercícios militares, "no momento, ainda não vimos episódios de desaceleração".

"Substancialmente, a situação é a mesma de alguns dias atrás. Esses episódios que indicavam uma desaceleração não foram levados seriamente, então precisamos estar prontos para qualquer eventualidade", acrescentou.

Mesmo assim, o chefe de governo italiano diz que a estratégia para deter os riscos de conflito deve continuar a "ser perseguida" e que ela deve ser feita "de dois elementos: o primeira consiste em reafirmar a nossa unidade [...] e o segundo é manter a nossa estratégia de detenção firme".

"A nossa união é a coisa que mais atingiu a Rússia. Nós poderíamos nos dividir, como por exemplo, na Otan, onde há muitos países não apenas aqueles do Ocidente. Não podemos renunciar aos princípios da Aliança", pontuou ressaltando a postura de que Kiev é quem deve decidir se o país entra ou não na Otan.

No entanto, Draghi continuou a defender que "todos os canais de diálogo devem continuar abertos" com os russos. (ANSA).
   

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