(ANSA) - O governo ucraniano agradeceu neste sábado (19) o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, por fazer o possível para apoiar um encontro "que coloque na mesa de negociações o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
"Agradecemos ao primeiro-ministro Draghi por ter aceitado o pedido de mediação para permitir um encontro entre os presidentes ucraniano e russo porque acreditamos no diálogo diplomático como única solução", disse o embaixador de Kiev em Roma, Yaroslav Melnyk, à ANSA.
O pedido de mediação foi feito pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante sua última conversa telefônica com Draghi. O líder ucraniano já afirmou diversas vezes que quer se reunir com Putin para conversar sobre a possibilidade de acalmar a situação na fronteira entre os países. No entanto, Moscou sempre negou.
Hoje, inclusive, líderes pró-Rússia nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, em Donbass, acusaram o governo ucraniano de planejar uma grande ofensiva militar contra as duas autodeclaradas repúblicas.
Kiev, por sua vez, negou que esteja planejando qualquer ofensiva no leste, e ressaltou que os separatistas estão lançando uma "campanha de desinformação".
"As acusações de que o governo ucraniano pretende lançar uma operação ofensiva nos territórios temporariamente ocupados nas regiões de Donetsk e Lugansk estão longe da realidade", explicou Melnyk.
De acordo com o embaixador, a Ucrânia não está conduzindo nem planejando atos de sabotagem em Donbass e está pronta para continuar o diálogo para implementar os acordos de Minsk".
Em entrevista à ANSA, o diplomata falou também sobre a futura adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), enfatizando que "ninguém, exceto a Ucrânia e os membros da Aliança, deve ter voz nas discussões".
"Entendemos muito bem que a Rússia está fazendo esses movimentos para aumentar a pressão psicológica tanto sobre o governo ucraniano quanto sobre os moradores dos territórios temporariamente ocupados, e para formar uma base de informações para esconder a escalada da situação", explicou.
Por fim, Melnyk garantiu que o governo ucraniano rejeita "categoricamente as tentativas da Rússia de agravar a já tensa situação de segurança" e continua "firmemente comprometido com uma solução político-diplomática".
Kiev pediu à comunidade e organizações internacionais "para condenar imediatamente as provocações conduzidas pela Rússia e suas administrações de ocupações em Donbass, que minam o processo diplomático". (ANSA)
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