(ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, fez um novo pronunciamento nesta quinta-feira (24) sobre o ataque lançado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra a Ucrânia e pediu o fim imediato do conflito.
"Putin precisa colocar fim imediato ao derramamento de sangue e retirar as forças militares das fronteiras ucranianas de maneira incondicional", ressaltou o premiê reforçando o apoio e a solidariedade do país a Kiev.
Segundo o chefe de governo italiano, que estava preparando um encontro formal com Putin, o diálogo com o russo "agora é impossível".
"A Ucrânia é uma nação amiga e uma democracia atingida em sua legítima soberania. Solidariedade plena do povo italiano para o povo ucraniano", acrescentou destacando que a União Europeia está trabalhando nesse momento em um novo pacote duro de sanções. Draghi afirmou que a Itália "está totalmente alinhada" com as decisões.
O premiê ainda afirmou que "conversou com s aliados europeus e a presidente da Comissão Europeia", Ursula von der Leyen.
"Com os aliados da Otan, estamos nos coordenando para potencializar as medidas de segurança e estamos reforçando nossas contribuições militares", disse Draghi. "Essas são horas de grande preocupação para os cidadãos [...] e o governo trabalhará sem descanso para resolver a crise, ao lado dos aliados, fazendo tudo que será possível para garantir a soberania da Ucrânia, a segurança da UE e a ordem internacional que se baseia em regras compartilhadas por todos nós", pontuou ainda.
Falando sobre a embaixada italiana em Kiev, o primeiro-ministro reforçou que ela está "plenamente operacional", mesmo sem os diplomatas não essenciais que foram retirados no início do mês, e que a sede consular continua "a manter contato com as autoridades ucranianas, em estreita coordenação com as outras embaixadas, e também para tutelar os cerca de dois mil italianos que residem lá".
"O que acontece na Ucrânia atinge a todos nós, o nosso jeito de viver livres, a nossa democracia", acrescentou.
Os partidos da base do governo, que vão da extrema-direita à esquerda, e até mesmo a oposição do país deram pleno apoio às ações de Draghi para agir na crise. (ANSA).