União Europeia

Itália reforça compromisso militar na Otan após ataque à Ucrânia

País declarou estado de emergência para intervenções no exterior

Redazione Ansa

(ANSA) - O Conselho de Ministros da Itália aprovou nesta sexta-feira (25) o fortalecimento de seu compromisso militar na Organização do tratado do Atlântico Norte (Otan) devido ao ataque da Rússia na Ucrânia e declarou estado de emergência para permitir intervenções da proteção civil no exterior.

Em comunicado divulgado pelo Palazzo Chigi, o governo italiano informou que as medidas foram aprovadas por decreto-lei, "diante da grave situação da crise" na Ucrânia, em linha com o que outros parceiros da Otan fizeram.

A administração de Mario Draghi não deu detalhes sobre por quanto tempo esse estado de emergência estará em vigor, mas fontes governamentais indicam que pode ser de três meses.

"A medida é necessária para garantir a contribuição do Estado italiano para a adoção de todas as iniciativas de proteção civil, incluindo a aplicação de medidas extraordinárias e urgentes de apoio às operações de resgate e assistência à população afetada, que serão realizadas durante o estado de emergência. ", explicou o comunicado oficial.

Além disso, foi autorizada a prestação de ajuda e assistência ao povo da Ucrânia e a concessão de créditos no valor de 10 milhões para fortalecer a funcionalidade e a segurança dos escritórios diplomáticos italianos, funcionários e cidadãos italianos no exterior.

Os ministros também aprovaram créditos de 1,1 milhão de euros para melhorar as operações da Unidade de Crise e facilitar os procedimentos de assistência aos cidadãos italianos no exterior.

O comunicado informa ainda que, em 2022, as missões já em andamento no âmbito da Otan vão continuar na Letônia, através da utilização de 250 pessoas e 139 veículos terrestres; vigilância aérea com até 130 soldados e 12 aeronaves, atualmente localizadas na Romênia; e vigilância naval e coleta de dados na parte sul da Aliança (Mediterrâneo Oriental e Mar Negro), com até 235 pessoas, dois navios de guerra e um adicional, se necessário, e um veículo aéreo.

A Itália poderá mobilizar forças adicionais de alta prontidão até 30 de setembro de 2022, para um total de 1.350 unidades, 77 veículos terrestres, 2 navios de guerra (a partir do segundo semestre de 2022) e 5 aeronaves.

Os ministros do governo Draghi também concordaram "na transferência gratuita de equipamentos e materiais militares não letais para as autoridades do governo ucraniano, disponibilizando equipamentos e materiais de proteção individual aos soldados ucranianos para a população civil". (ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it