União Europeia

Na ONU, Itália 'condena com firmeza' ataque russo à Ucrânia

Brasil também reforçou posição contra guerra no país

Redazione Ansa

(ANSA) - O embaixador Maurizio Massari, representante permanente da Itália na Assembleia Geral da ONU, condenou veementemente o ataque russo à Ucrânia, durante a reunião extraordinária da organização nesta segunda-feira (28).

Em seu discurso, o diplomata criticou a posição da Belarus como "facilitador desta agressão", ressaltou que a invasão concretiza "uma clara violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas" e pediu a retirada imediata das forças russas do território ucraniano.

"Com o Conselho de Segurança impossibilitado de adotar uma resolução devido ao veto russo, a Assembleia Geral foi obrigada a fazer ouvir sua voz diante de uma ameaça tão séria à paz e segurança internacional", prosseguiu.

Massari pediu para a "Rússia parar sua ação imediatamente e retirar suas forças militares do território ucraniano e, suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, incluindo águas territoriais".

O embaixador lembrou ainda como a Itália, juntamente com os parceiros da UE, está intensificando seu apoio financeiro e material para fortalecer as capacidades da Ucrânia, com um montante de aproximadamente 110 milhões de euros.

"Também estamos determinados a fornecer maior apoio humanitário para ajudar o povo ucraniano nestas circunstâncias dramáticas", acrescentou o italiano, garantindo que "a Itália continuará ativamente engajada, em estreita coordenação com seus parceiros e aliados europeus, em favor do fim imediato dessa agressão e em apoio ao retorno urgente a um caminho pacífico".

Brasil -

Durante a sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o Brasil reforçou a posição do país contra a Guerra na Ucrânia e pediu uma negociação diplomática "a favor da paz" do território invadido por tropas da Rússia.

"Reiteramos nosso pedido para um cessar-fogo imediato", disse o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho durante a sessão que discute a crise no leste da Europa.

"Estamos com um aumento rápido das tensões, que podem colocar toda a humanidade em risco, mas ainda temos tempo para parar com isso. Acreditamos que o Conselho de Segurança ainda não exauriu os instrumentos que tem a disposição para contribuir para uma solução negociada e diplomática, a caminho da paz", completou.

O embaixador brasileiro disse ainda que a comunidade internacional precisa "fazer o que for preciso antes que seja tarde demais" e ressaltou que não há motivos de segurança que justifiquem o uso da força pela Rússia.

"Estamos testemunhando uma sucessão de ofensas que, se não forem contidas, poderão levar a um confronto maior. E todo mundo vai sofrer, não apenas aqueles que estão lutando.A situação atual de forma nenhuma justifica o uso da força contra a integridade territorial e soberania de nenhum Estado integrante de ONU. É contra os princípios mais básicos que nós defendemos e estão na carta da ONU", concluiu Costa Filho. (ANSA)

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