União Europeia

Draghi revela que mais de 23 mil ucranianos fugiram para Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - Mais de 23 mil ucranianos já fugiram para a Itália desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, informou o primeiro-ministro Mario Draghi nesta quarta-feira (9).

Segundo dados divulgados pelo governo 23.872 pessoas chegaram no país até hoje, sendo 12 mil mulheres, 9,7 mil menores de idade e 2,2 mil homens. As principais cidades de destino são Roma, Milão, Nápoles e Bolonha.

"Em 8 de março chegaram 21.095 cidadãos ucranianos, hoje são 23.872 principalmente da fronteira ítalo-eslovena", anunciou Draghi, ressaltando que "mais de 90% são mulheres e crianças" e "o fluxo certamente está destinado a aumentar".

Em pronunciamento na Câmara, o premiê italiano agradeceu todos que se mobilizaram espontaneamente para apoiar a população ucraniana, incluindo associações voluntárias, empresas locais e famílias, oferecendo hospitalidade e assistência aos refugiados.

"Quero agradecer a todas as forças políticas e em particular à oposição pela grande demonstração de unidade e espírito construtivo nesta crise. Tenho certeza de que a Itália fará sua parte ao máximo, como sempre no drama, na emergência, no terror nos encontramos melhores do que pensamos que somos", acrescentou.

Para os refugiados ucranianos que querem trabalhar, Draghi explicou que prevê uma primeira medida para permitir o trabalho de forma autônoma e sazonal, com base no pedido de autorização de residência.

Já em relação à questão da saúde, o premiê italiano disse que "os refugiados ou fazem testes anti-Covid a cada 48 horas ou concordam em se vacinar".

"O departamento de Defesa Civil prevê o reconhecimento dos leitos e a transferência de pacientes. Saúde, assistência social e psicológica, orientação jurídica e cursos de língua italiana são fornecidos aos ucranianos nos primeiros centros de acolhimento. integração e formação profissional", informou.

Até o momento, a guerra na Ucrânia já gerou mais de 2 milhões de refugiados, sendo que o principal país de destino é a Polônia. De acordo com a Unicef, mais de 1 milhão de crianças fugiram do território ucraniano para países vizinhos em menos de duas semanas. (ANSA)

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