(ANSA) - A representante permanente adjunta da Itália junto às Nações Unidas em Genebra, Marie Sol Fulci, expressou nesta terça-feira (15) sua profunda preocupação com as violações e abusos contra crianças afetadas por conflitos armados em muitos países do mundo, incluindo na Ucrânia.
A declaração foi dada durante discurso interativo com a representante especial do secretário-geral sobre crianças e conflitos, Virginia Gamba, no contexto da 49ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Na cúpula, todos os países e partes em conflito foram convidados a abordar sistematicamente essas graves violações e continuar a se envolver com os enviados especiais para acabar e prevenir tais crimes.
A intervenção foi também uma oportunidade para reforçar a "profunda preocupação" com os crescentes obstáculos ao acesso à educação das crianças durante os conflitos armados, que as expõem a mais violência, exploração e abuso e têm impacto em seu futuro.
"É imperativo cumprir as obrigações do Direito Internacional Humanitário na proteção de instalações educacionais e seus funcionários, conforme descrito pelos princípios contidos na Declaração de Escolas Seguras, que pedimos para todos os Estados-membros das Nações Unidas a assinar", acrescentou Fulci.
Por fim, a italiana destacou a importância da comunidade internacional continuar a priorizar a questão da proteção das crianças afetadas por conflitos na agenda mundial e, assim, contribuir para alcançar os objetivos comuns de paz e segurança globais.
Na semana passada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) já havia alertado para a ameaça à vida e ao bem-estar de 7,5 milhões de crianças e adolescentes ucranianos.
De acordo com a instituição, pelo menos 500 mil meninos e meninas já deixaram a Ucrânia e se tornaram refugiados, após a invasão russa.
Hoje, a ONG Save the Children e o Conselho Italiano para Refugiados organizaram uma missão humanitária para o resgate de diversas crianças que fugiram do conflito graças a uma transferência segura da fronteira polonesa com a Ucrânia.
Ao todo, 21 menores desacompanhados foram levados para Florença; 42 crianças com suas mães estão alojadas no Lazio, elevando o total para 92. Com isso, o número de meninos e meninas que chegaram à Itália subiu para 17 mil. (ANSA)
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