(ANSA) - A Itália registrou 72.568 novos casos de Covid-19 em 24 horas, elevando para 13.563.466 os contágios confirmados durante a pandemia, informou o boletim diário do Ministério da Saúde nesta quarta-feira (16).
Com isso, a tendência de alta na média móvel segue firme pelo 13º dia consecutivo. O número subiu para 56.689, aumento de 54% na comparação com o mesmo dia da semana passada.
No entanto, os demais índices do boletim mostram que esse aumento é provocado por casos leves ou assintomáticos, que chegaram a 1.045.280, com os infectados ficando apenas em isolamento domiciliar.
Já as internações reduziram nos dois valores divulgados pelo Ministério: os pacientes em observação médica caíram de 8.473 para 8.410 no período; já os que precisam de unidades de terapia intensiva diminuíram de 502 para 477.
As mortes somaram 137 no relatório, totalizando 157.314 vítimas de toda a crise sanitária. Nesse caso, a média móvel segue apresentando queda e chegou a 137 - menor valor desde 23 de dezembro e um percentual 34% menor do que no mesmo dia da última semana.
Foram realizados 490.711 testes para detectar o coronavírus Sars-CoV-2, com uma taxa de positividade de 14,8% - estável na comparação com a terça-feira (15).
Pressão dos governadores
Como os casos em alta são, em sua imensa maioria, apenas leves, os governadores da Itália voltaram a pressionar o governo central a eliminar todas as regras sanitárias até a Páscoa para as localidades que têm a pandemia sob controle.
"Precisamos seguir em direção à normalização. As regiões submeteram ao governo uma proposta de plano de ação em vista do próximo decreto que deverá regulamentar a transição depois do fim do estado de emergência da Covid, com o objetivo que, com condições epidemiológicas que permitam, possa-se abandonar todas as restrições até a Páscoa", disse o presidente da Conferência das Regiões, Massimiliano Fedriga, após uma reunião entre os líderes.
O estado de emergência por conta da pandemia terminará no próximo dia 31 após mais de dois anos de restrições.
Diferentemente de outras nações europeias, porém, a Itália vem lentamente retirando as regras mais duras para evitar uma nova explosão de contágios.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, confirmou que no Conselho de Ministros do governo de Mario Draghi agendado para esta quinta-feira (17) será debatida essa "fase de transição" entre a emergência e a "vida normal".
"Graças ao passe verde [certificado sanitário], nós evitamos novos fechamentos como ocorreu em outros países. Amanhã, teremos o CdM que definirá um cronograma de acompanhamento de saída do estado de emergência, que não será renovado. Se estamos em uma nova fase, é graças à campanha de vacinação e precisamos insistir para que alguns milhões de pessoas ainda tomem a primeira dose", disse Speranza.
A Itália tem menos de cinco milhões de pessoas com mais de cinco anos sem ter tomado vacina. (ANSA).