União Europeia

Diplomacia funcionará se Moscou quiser, diz premiê italiano

Draghi foi ao Parlamento discursar por conta do Conselho Europeu

Draghi foi falar sobre o Conselho Europeu e a situação da Itália na guerra da Ucrânia

Redazione Ansa

(ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, foi ao Parlamento nesta quarta-feira (23) e afirmou que o esforço diplomático para parar com a guerra na Ucrânia pode dar certo se o governo da Rússia quiser.

O premiê foi à Casa em vista do Conselho Europeu, que será iniciado nesta quinta-feira (24) em Bruxelas.

"O esforço diplomático pode ter sucesso só quando Moscou quiser isso realmente. Não podemos cometer o erro de dar aval a uma postura de contraposição entre ocidente e Rússia e alimentar aquilo que foi definido como um combate de civilidade", disse aos parlamentares.

Sobre a proposta italiana de criar tréguas localizadas nos combates para permitir que os civis fujam e que chegue ajuda humanitária para aqueles que não tem como fugir, o premiê ressaltou que a Itália "está empenhada" em fazer isso com os aliados europeus.

"A nossa vontade de paz esbarra, porém, na de [Vladimir] Putin que não mostra interesse em chegar a uma trégua que permita as negociações a seguir com sucesso. O seu desenho quer ganhar terreno do ponto de vista militar também com bombardeamentos arrasadores como em Mariupol. Por isso, a comunidade internacional precisa adotar sanções cada vez mais duras. Perante os horrores da guerra, a Itália trabalha com determinação para a cessão das hostilidades", pontuou.

De acordo com o chefe de governo italiano, os números provisórios da guerra e que foram checados são de 2.510 óbitos confirmados e 1,5 mil feridos. No entanto, esse número "subestima a situação porque os mortos e feridos continuam a subir".

Sobre o Conselho em si, que contará com um discurso de abertura do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convidado para os debates por conta da guerra ucraniana, Draghi ressaltou que assim como ocorre no G7 e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a "comunidade euro-atlântica pretende reforçar a unidade e a determinação no apoio à Ucrânia e um empenho comum pela paz, a segurança e a democracia".

O premiê italiano também falou que é "fundamental" que a UE seja "compacta em manter espaços de diálogo com Pequim para que consigamos reforçar a expectativa que a China se abstenha de seu apoio a Moscou e apoie os esforços de paz".

Reforçando o que disse após o discurso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na terça-feira (22), Draghi voltou a dizer que Roma apoia a entrada do país na União Europeia, mas que esse "é um processo longo que já foi iniciado".

"O Conselho Europeu reafirmará seu apoio ao percurso da Ucrânia em direção à União Europeia. Esse processo tem um longo tempo, necessário para permitir uma integração real e funcional. Mas, como reforcei, a Itália está ao lado da Ucrânia nesse processo.

A UE já iniciou o processo, mas é importante mandar para Kiev um novo sinal de encorajamento", pontuou ainda. (ANSA).
   

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