(ANSA) - O Ministério Público de Turim abriu nesta segunda-feira (28) uma investigação sobre o caso de um idoso italiano de 70 anos que morreu após obter um certificado irregular de isenção da vacina anti-Covid.
O caso é um desdobramento do inquérito que levou à prisão do médico antivacina Giuseppe Delicati, de 61 anos, suspeito de receber centenas de pacientes em seu consultório, em Borgaro Torinese, para isentá-los da obrigatoriedade da imunização.
Segundo as autoridades italianas, o idoso, que conseguiu sua isenção, morreu no dia 12 de janeiro após contrair Covid-19. A vítima teria seguido o conselho do médico sobre como se tratar, mas a doença foi fatal.
O procurador Gianfranco Colace ordenou a autópsia para esclarecer se existe correlação entre a evolução da Covid e as indicações divulgadas por Delicati. Agora, os investigadores estão aguardando o resultado dos exames médicos legais como parte da apuração.
Delicati, que comparecerá amanhã perante ao juiz do tribunal de Turim, foi detido por falsa ideologia em atos públicos e homicídio culposo.
A operação investiga ainda cerca de 70 suspeitos de falsificação. O grupo teria obtido certificados de isenção da vacina contra o novo coronavírus para contornar a obrigatoriedade e continuar a trabalhar.
De acordo com a apuração, os suspeitos são em sua maioria funcionários públicos do setor escolar e da saúde, além de membros da polícia.
A investigação foi iniciada em outubro de 2020 quando o médico foi denunciado à Ordem de Macerata por um vídeo publicado nas redes sociais em que negava a pandemia e atacava a eficácia das vacinas. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it