(ANSA) - O governo italiano condenou neste domingo (3) o massacre na cidade ucraniana de Bucha, onde dezenas de corpos foram encontrados nas ruas e em valas comuns, enquanto a União Europeia (UE) planeja novas sanções contra a Rússia.
Em publicação no Twitter, o chanceler da Itália, Luigi Di Maio, classificou as imagens do massacre como "arrepiantes". "Corpos de civis ucranianos no chão, mortos, com as mãos atadas. Crueldade, morte, horror", escreveu.
O ministro da Farnesina pediu ainda que seja realizada "o mais rápido possível" uma apuração para confirmar a existência "de crimes de guerra". "Essas atrocidades não podem ficar impunes. Com o povo ucraniano, a guerra russa deve ser interrompida", concluiu Di Maio.
O líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), o ex-premiê Giuseppe Conte, ressaltou que "o horror das imagens que vêm de Bucha lembra os tempos mais sombrios da história". "Não devemos nos resignar à inevitabilidade da guerra, não podemos aceitar esta carnificina. Não devemos ficar calados diante dessas violências".
Para o comissário de Economia da União Europeia, o italiano Paolo Gentiloni, considerou que "as notícias e imagens de terríveis crimes de guerra de Bucha" são um "desgosto", "vergonha e desonra para os responsáveis".
O massacre na cidade nos arredores de Kiev provocou a consternação de diversos líderes. Segundo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, "a UE está trabalhando no desenvolvimento de novas sanções contra a Rússia e em um novo apoio à Ucrânia".
Michel se disse "chocado com as imagens das atrocidades cometidas pelo Exército russo na agora libertada região de Kiev". "A UE está ajudando ucranianos e ONGs na coleta de provas para levar a tribunais internacionais", acrescentou.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também reagiu às informações recebidas das áreas ao redor de Kiev depois que as forças ucranianas recuperaram o controle.
"Chocada com relatos de horrores indescritíveis nas áreas das quais os russos se retiraram. Uma investigação independente é necessária e urgente. Os perpetradores de crimes de guerra serão responsabilizados", enfatizou von der Leyen.
De acordo com a Human Rights Watch, há "evidências de crimes de guerra cometidos em Bucha", segundo relatado pelo jornal Wall Street.
O grupo de direitos humanos alegou ter entrevistado uma mulher que viu tropas russas cercarem cinco homens e atirarem na nuca de um deles, matando-o. "Documentamos um caso claro de execução sumária pelas forças armadas da Federação Russa em Bucha em 4 de março", disse um porta-voz da entidade.
Segundo a agência ucraniana UNIAN, o corpo de Oleksandr Sukhenko, ex-jogador de futebol do clube Seagull Second League, foi encontrado em uma vala comum perto de Motyzhyn, no distrito de Bucha.
Ele foi morto junto com seus pais, sua mãe Olga Sukhenko, que era a chefe da vila de Motyzhyn, e seu pai Igor Sukhenko, presidente do time de futebol local Kolos.
Vaticano -
A Embaixada da Ucrânia junto à Santa Sé condenou o massacre de civis em Bucha, cidade aos arredores de Kiev. “O massacre de Bucha foi feito conscientemente. Os russos estão tentando destruir o maior número possível de ucranianos. Devemos detê-los e expulsá-los”, diz o comunicado. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it