(ANSA) - O governo da Ucrânia agradeceu nesta quarta-feira (6) a Itália por iniciar negociações para que seja um dos países responsáveis por fornecer garantias de segurança em troca de seu compromisso de não aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
"Agradeço a iniciativa de iniciar consultas com a Itália para se tornar garantidora da segurança ucraniana. Isso é resultado do diálogo entre o presidente [Volodymyr] Zelensky e o primeiro-ministro [Mario] Draghi e também da minha relação com o ministro [das Relações Exteriores], Luigi Di Maio, que além de colega é também um amigo", explicou o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em entrevista ao Tg1.
A chamada "neutralidade" de Kiev é uma das exigências da Rússia para interromper a guerra no território ucraniano, mas o governo de Zelensky pede a formação de um grupo de países capazes de garantir uma resposta dentro de 24 horas no caso de uma eventual agressão externa.
"Com a Itália, compartilhamos o que esperamos e agora aguardamos a resposta italiana sobre como Roma vê uma potencial garantia de segurança. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo", acrescentou Kuleba.
O objetivo da coalizão seria evitar que a Ucrânia seja atacada pela Rússia no futuro, mas sem incluir o país na Otan, já que um eventual ingresso na aliança abriria caminho para a instalação de bases militares ocidentais e até ogivas nucleares na ex-república soviética.
Apesar disso, Kuleba enfatizou que o governo ucraniano continua conversando com "a delegação russa, mesmo que tenha se tornado particularmente difícil e doloroso falar com eles depois que soubemos das atrocidades nos territórios ocupados".
"Todas as guerras terminam com um acordo e devemos restaurar a paz e salvar a vida de civis, para que as negociações continuem", acrescentou o chanceler ucraniano, agradecendo o quinto pacote de sanções contra a Rússia anunciado pela União Europeia.
Para ele, porém, "será necessário um embargo do gás e petróleo e uma proibição do sistema Swift de todos os bancos russos para parar Putin". (ANSA)
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