(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, informou que irá com o premiê Mario Draghi para a Argélia nesta segunda-feira (11) para firmar um acordo sobre fornecimento de gás natural.
"Amanhã de manhã estarei com o presidente [do Conselho de Ministros] Draghi na Argélia para assinar um acordo sobre o gás que permitirá enfrentar eventuais chantagens russas sobre o gás. Infelizmente, estamos em atraso como país nesse tema, deveríamos ter diversificado muito antes, mas nós temos muitos parceiros e amigos no mundo", afirmou Di Maio neste domingo (10) durante uma coletiva em Maddaloni.
"No último mês e meio, eu estive na Argélia, Catar, Congo, Angola, Moçambique, Azerbaijão. Todos esses países se disseram disponíveis a aumentar os fornecimentos para a Itália", acrescentou ainda.
Desde o início da guerra na Ucrânia, com os primeiros ataques russos em 24 de fevereiro, a Itália vem negociando com mais países para o fornecimento de gás e, segundo estimativas do governo, a independência do combustível da Rússia deve ocorrer no período entre 24 e 36 meses.
Di Maio ainda voltou a defender a proposta dos italianos de que a União Europeia imponha um teto para o preço do gás para evitar as especulações dos russos.
"Não podemos pensar neste momento em preferir dinâmicas especulativas dos preços em detrimento da segurança das nossas famílias, que não conseguem, assim como muitas empresas, enfrentar aumentos de até 200% em suas contas de energia", pontuou o chanceler.
Sobre as sanções, Di Maio afirmou que os países ocidentais "estão impondo sanções para cortar o dinheiro de [Vladimir] Putin para financiar a sua guerra" porque "se não cortarmos o dinheiro, ele continuará a combatê-la, mesmo que esteja perdendo".
Rússia rebate
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rebateu as críticas do chanceler italiano.
"O ministro fez confusão, como sempre, porque não é a Rússia que chantageia a União Europeia com o fornecimento de gás, mas a UE que chantageia a Rússia com sanções e ameaças de novas restrições, reforçando as forças armadas de seus países ao longo da fronteira russa e fornecendo armas de todo tipo para Ucrânia", afirmou. (ANSA).
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