(ANSA) - A Itália afirmou nesta sexta-feira (15) que não tem elementos para determinar se a Rússia está cometendo um genocídio na Ucrânia, como defendeu recentemente o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"A Itália não tem os elementos para verificar se está acontecendo um genocídio na Ucrânia, mas as atrocidades estão sob nossos olhos, como as crianças e os civis assassinados", declarou o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, em entrevista à emissora Radio24.
"Por meio da União Europeia, forneceremos todas as provas à nossa disposição para verificar se houve crimes de guerra na Ucrânia, verificar todos os responsáveis. Aquilo que vimos em Bucha e Kramatorsk e que, infelizmente, veremos em outros lugares é aterrorizante. Devemos entregar os responsáveis para a justiça internacional", acrescentou.
Na última terça-feira (12), durante um discurso sobre o aumento dos preços dos combustíveis, Biden havia dito que a capacidade de as pessoas encherem os tanques de seus carros não poderia ser condicionada pelo fato de "um ditador declarar guerra e cometer genocídio do outro lado do mundo", em clara referência a Vladimir Putin.
Mais tarde, ao ser questionado por jornalistas, o presidente dos EUA manteve o tom: "Sim, eu chamei de genocídio. Está cada vez mais claro que Putin quer varrer a ideia de poder ser ucraniano".
As declarações, no entanto, não foram endossadas pelos aliados europeus dos Estados Unidos, enquanto a Rússia as chamou de "inaceitáveis". (ANSA)
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