União Europeia

Menino ucraniano com estilhaço de bomba é operado na Itália

Menino ucraniano com estilhaço de bomba é operado na Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - Um menino ucraniano de 11 anos, que foi ferido por um estilhaço de uma bomba de morteiro durante a invasão russa, foi salvo por uma equipe médica italiana após ser submetido a uma cirurgia cardíaca pediátrica no hospital de Pádua.

A operação foi realizada na noite da última quinta-feira (21) pela equipe do especialista italiano Vladimiro Vida e teve duração de 7 horas, informou o centro médico hoje (22).

Kyrillo foi ferido durante o bombardeio de sua casa na Ucrânia, no qual sua mãe e um irmão morreram. O estilhaço estava preso perto de seu coração há quase um mês e só foi identificado após a realização de uma tomografia computadorizada no hospital Universitário Russo-Ucraniano, Karmi Shafer.

O médico de Pádua estava trabalhando na Ucrânia como voluntário quando resolveu tratar o caso do menino. Após a descoberta, ele foi transferido para a Itália, acompanhado de seu pai e uma tia.

"O fragmento, de 2 centímetros de comprimento, entrou pelo pescoço, seccionando duas das grandes artérias que levam sangue ao cérebro", explicou Vida, acrescentado que "o pequeno desenvolveu uma patologia isquêmico-cerebral porque os dois vasos foram cortados e está se reabilitando lentamente".

Segundo o especialista italiano, também "formou-se uma espécie de aneurisma ao nível do pescoço que poderia romper a qualquer momento, causando a morte" do garoto.

Para a cirurgia ser bem-sucedida, os médicos utilizaram primeiro um coração 3D, que permitiu que todos estudassem o procedimento mais favorável. Agora, o menino ucraniano se recupera na UTI do hospital italiano e já foi extubado.

Em comunicado, o centro médico revelou que as condições de saúde da criança "são boas" e ele já conversou com seu pai, além de ter movimentado seus membros.

O caso de Kyrillo não é o único enfrentado pela equipe. Ao todo, 21 refugiados são atendidos no hospital de Pádua, sendo 13 menores e sete adultos. Outras duas crianças também nasceram no local, após as mães fugirem da guerra grávidas. (ANSA).
   

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