União Europeia

Itália prepara novo pacote de ajuda militar à Ucrânia

Patrulha ucraniana em Kiev

Redazione Ansa

(ANSA) - A Itália se prepara para enviar um novo pacote de equipamentos militares para a Ucrânia, medida que é motivo de controvérsia na base aliada do primeiro-ministro Mario Draghi.

Após participar de uma reunião convocada pelos Estados Unidos na base americana de Ramstein, na Alemanha, o ministro italiano da Defesa, Lorenzo Guerini, de centro-esquerda, disse que o país "continuará fazendo sua parte" para ajudar a Ucrânia a enfrentar a invasão russa, mas "seguindo as indicações do Parlamento".

"Deste ponto de vista, haverá um novo envio de equipamentos militares, que são indispensáveis para continuar o apoio à resistência ucraniana", declarou Guerini. Segundo o ministro, um decreto já está "em vias de finalização" e terá a mesma natureza do primeiro pacote de ajudas enviado por Roma.

No entanto, o auxílio militar a Kiev não é unanimidade dentro do governo Draghi. O ex-premiê Giuseppe Conte, líder do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), pediu nesta terça que tanto Guerini quanto o atual primeiro-ministro prestem esclarecimentos no Parlamento.

"O M5S se opõe ao envio de ajudas militares e contraofensivas que saiam do perímetro do legítimo exercício do direito de defesa", disse Conte - o Movimento 5 Estrelas detém a maior bancada no Parlamento, portanto é o partido com mais peso no governo.

Guerini deve falar diante do Comitê Parlamentar para a Segurança da República (Copasir) na próxima quinta-feira (28), mas a data da audiência de Draghi, que está em quarentena com Covid-19, ainda não foi marcada.

Na última segunda-feira (25), as passeatas pelo Dia da Libertação, data que comemora a queda do nazifascismo na Itália, já haviam sido marcadas por protestos contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o aumento das despesas militares na Europa.

Durante os atos, manifestantes pacifistas e de esquerda levantaram cartazes contra Draghi e outros membros do governo e também criticaram o envio de armas para a Ucrânia. (ANSA)

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