(ANSA) - As autoridades sanitárias da Itália confirmaram nesta sexta-feira (20) mais dois casos de varíola de macaco, doença rara provocada por um vírus semelhante ao da varíola, que está erradicada no mundo desde 1980.
De acordo com o secretário de Saúde da região do Lazio, Alessio D'Amato, as duas pessoas estão ligadas ao "caso zero" de varíola de macaco no país, detectado na última quinta (19), em Roma, em um paciente recém-retornado das Ilhas Canárias, na Espanha.
"Os dois casos suspeitos, relacionados ao caso zero italiano, foram confirmados, portanto sobe para três o número de casos de varíola de macaco", afirmou D'Amato. Todos os infectados estão em isolamento no Instituto Lazzaro Spallanzani, em Roma, principal referência no combate a doenças infecciosas na Itália.
"Essa não é uma doença nova e não deve gerar alarmismo. É uma varíola mais fraca, tem sintomas mais leves que a varíola tradicional. Precisamos ter grande atenção, mas nada de alarme", afirmou o diretor-geral do Spallanzani, Francesco Vaia, à emissora Rai Radio1.
O vírus da varíola de macaco pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.
Casos da doença já foram confirmados em outros países nos últimos dias, como Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Reino Unido.
O nome "varíola de macaco" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.
O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola. (ANSA)
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