(ANSA) - Subiu para 10 o número de casos confirmados de varíola de macacos na Itália, com a descoberta na noite desta quarta-feira (25) de um contágio na Emilia-Romagna, o primeiro na região.
De acordo com o governo regional, trata-se de um homem que está internado em isolamento no Hospital Sant'Orsola, em Bolonha, e seu estado de saúde é bom. Também estão em curso investigações epidemiológicas para identificar possíveis contatos.
Além da Emilia-Romagna, o país contabiliza cinco casos na capital Roma, três na região da Lombardia e um na Toscana.
De acordo com o Centro Europeu para Prevenção e controle de Doenças (ECDC), já foram registrados mais de 200 casos de varíola de macacos no mundo, desconsiderando os países onde a doença é endêmica.
Esses contágios se distribuem por 19 países, encabeçados pelo Reino Unido, com 71 diagnósticos positivos confirmados. Em seguida aparecem Espanha (51) e Portugal (37). Nenhum dos casos terminou em óbito.
O vírus pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais.
Já os sintomas são semelhantes aos da varíola humana - que está erradicada no mundo desde 1980 -, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.
O nome "varíola de macacos" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.
O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola. (ANSA)