(ANSA) - Pesquisadores do Hospital Sacco, em Milão, conseguiram isolar o vírus responsável pela epidemia de varíola de macacos em pelo menos 19 países, incluindo Itália, nesta sexta-feira (27).
O vírus da doença foi isolado no laboratório de Microbiologia Clínica, Virologia e Diagnóstico de Bioemergência e "representa um resultado importante para a pesquisa científica", segundo a vice-governadora da Lombardia, Letizia Moratti.
A italiana explicou que, agora, "será possível testar a atividade dos medicamentos antivirais e testar a resposta de anticorpos dos pacientes que contraíram a infecção e da parcela da população vacinada contra a vírus da varíola".
Até o momento, a Itália contabiliza cinco casos na capital Roma, cinco na região da Lombardia, um na Emilia-Romana e um na Toscana.
Mais cedo, as autoridades sanitárias haviam anunciado um contágio na Ligúria, uma mulher de 22 anos que retornou no início da semana das Ilhas Canárias - arquipélago espanhol que pode estar na origem do surto da doença - e está internada no Hospital Policlínico San Martino, de Gênova.
No entanto, o governador da Ligúria e conselheiro de saúde, Giovanni Toti, informou que o teste da jovem para varíola de macacos deu negativo "O laboratório de San Martino informou que o teste na jovem que voltou das Canárias, e com uma doença que pode ser rastreada até a varíola, foi negativo, mesmo que ainda haja um período de observação conforme exigido pelo protocolo", declarou ele.
Hoje, a União Europeia decidiu avançar para a compra conjunta de vacinas e antivirais para combater o surto de "Monkeypox", informou o coordenador de vacinas da Suécia, Richard Bergstrom.
O vírus pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais.
Já os sintomas são semelhantes aos da varíola humana - que está erradicada no mundo desde 1980 -, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.
O nome "varíola de macacos" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.
O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola. (ANSA)
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