(ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, disse nesta segunda-feira (30) que "é essencial" que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não saia vitorioso da guerra na Ucrânia.
"É essencial que Putin não ganhe esta guerra. Ao mesmo tempo, devemos nos perguntar se pode ser útil conversar com ele. Sou cético quanto à utilidade desses telefonemas, mas há razões para fazê-los", disse o premiê italiano durante cúpula da União Europeia (UE), em Bruxelas, afirmando que "essas conversas mostram que é Putin quem não quer a paz".
Segundo Draghi, a Ucrânia que deve decidir que paz quer, e, se o governo de Volodymyr Zelensky "não concordar com os termos, a paz não pode ser sustentável".
Para o chefe de governo da Itália, "o confronto com Putin é necessário para resolver o problema do trigo, da segurança alimentar", porque "o risco de uma catástrofe alimentar é real".
"Se não houver solução, deve ficar claro que a culpa é de Putin", enfatizou.
Draghi afirmou que a batalha precisa ser vencida para garantir a segurança alimentar e também por ser "uma forma de mostrar aos países mais pobres, por exemplo na África, que estamos do seu lado".
"A ONU pode desempenhar um papel importante para resolver a crise alimentar, mas temos o dever de nos perguntar como podemos ajudar. Devemos acelerar, se não o fizermos corremos o risco de chegar tarde", disse.
Ontem, os 27 países membros da União Europeia (UE) analisaram uma proposta para desbloquear o sexto pacote de sanções contra a Rússia, cuja principal medida é um embargo petrolífero até o final do ano.
Durante seu discurso, Draghi explicou que é preciso "manter a unidade nas sanções" contra a Rússia e a "Itália concorda com o pacote, desde que não haja desequilíbrios entre os Estados-membros".
"Não podemos imaginar que depois do conflito nossa política energética volte a ser como era antes. O que aconteceu é muito brutal. Devemos agir agora para mudar nossos fornecedores de energia a longo prazo", acrescentou.
Por fim, o líder italiano disse que "oferecer à Ucrânia o estatuto de país candidato [ à UE] pode ser um gesto simbólico importante, uma mensagem de apoio em plena guerra".
Antes do início da reunião, segundo fontes europeias, Draghi participou de uma reunião trilateral com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, para debater a guerra na Ucrânia. (ANSA)
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