(ANSA) - Pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19, a Itália realizou nesta quinta-feira (2) sua tradicional parada militar em Roma para celebrar a Festa da República, data que relembra os 76 anos do plebiscito que colocou fim à monarquia no país.
O desfile foi aberto por uma delegação de prefeitos, seguidos pela primeira vez por trabalhadores do setor da saúde e pelo sobrevoo de um helicóptero dos serviços de resgate, em uma homenagem a quem atuou na linha de frente contra o novo coronavírus.
"Hoje, pela primeira vez, as mulheres e os homens do Serviço Sanitário Nacional participam da celebração da Festa da República. É uma grande emoção e um belo reconhecimento ao sacrifício e empenho extraordinários dos nossos profissionais da saúde durante a pandemia", escreveu no Facebook o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza.
Já o presidente da Federação Nacional das Ordens dos Médicos, Filippo Anelli, disse à ANSA que os aplausos do público foram como um "abraço coletivo". "Foi uma emoção bela e forte, nos sentimos parte de uma república na qual defendemos a saúde dos cidadãos", acrescentou.
Como de hábito, o presidente italiano, Sergio Mattarella, depositou uma coroa de louros no Altar da Pátria, em cerimônia acompanhada pelas principais figuras institucionais do país, incluindo o premiê Mario Draghi. Em seguida, as Flechas Tricolores, esquadrão acrobático da Força Aérea, pintaram o céu de Roma com as cores da bandeira da Itália.
Em uma mensagem ao chefe do Estado Maior da Defesa, almirante Giuseppe Cavo Dragone, Mattarella disse que a República Italiana está "empenhada em construir as condições de paz". "E suas Forças Armadas, com base nos mandatos confiados pelo governo e pelo Parlamento, trabalham para esse objetivo", ressaltou.
Além disso, o chefe de Estado aproveitou a ocasião para fazer um aceno à guerra na Ucrânia e afirmou que "a Itália e toda a comunidade internacional têm um papel central para favorecer o diálogo".
"Devemos fazê-lo juntos. Nossa experiência nos mostrou como é possível construir uma convivência estável e duradoura, mesmo após conflitos sanguinários", destacou o presidente em sua mensagem.
Mattarella ainda alertou que "a estabilidade e a paz não estão garantidas para sempre", e sim são "frutos da vontade e do compromisso concreto dos homens e dos Estados". (ANSA)
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