(ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, iniciou nesta segunda-feira (13) uma viagem a Israel e afirmou que seu país está trabalhando para combater toda discriminação contra a comunidade judaica.
A declaração foi dada durante visita no Templo Italiano em Jerusalém, onde Draghi disse que "as instituições italianas e a sociedade civil estão há muitos anos ativas na luta contra o antissemitismo".
"O governo está trabalhando para combater a discriminação de todos os tipos contra os judeus, ressaltou.
Segundo Draghi, "em momentos de crise, de incerteza, de guerra, como estamos vivendo, é ainda mais importante se opor firmemente ao uso político do ódio".
"Devemos promover a tolerância, o respeito mútuo e o amor uns pelos outros: estes são os ingredientes reais de uma paz duradoura. A história de sua comunidade é um exemplo que deve ser visto com orgulho".
Draghi acrescentou que os laços entre Itália e Israel estão sendo reforçados, da economia à pesquisa, no campo da cultura, do cinema à literatura, da arquitetura ao design.
"O desenvolvimento da comunidade judaica italiana em Israel está diretamente ligado aos terríveis acontecimentos do período de vinte anos, em particular à introdução das leis raciais em 1938, aquelas que anteciparam o Holocausto", lembrou.
Para ele, no entanto, "os horrores do nazi-fascismo não afetaram o espírito da antiga diáspora judaica na Itália - que ainda hoje é rica em energia, espírito e tradição".
O premiê italiano aproveitou o momento para garantir que seu governo quer "promover o conhecimento da cultura judaica nos museus italianos e cultivar o diálogo entre religiões e fiéis para fomentar o conhecimento mútuo".
Desta forma, o curso de doutorado em estudos hebraicos da Universidade de Bolonha, que estava inativo há muito tempo, foi retomado e agora está sendo reiniciado. "Esses esforços são essenciais para proteger a dignidade humana, combater a ignorância, derrotar a indiferença", concluiu.
Hoje, Draghi já se reuniu com o presidente de Israel, Isaac Herzog, em Beit HaNassi - residência presidencial -, e um encontro com o chanceler israelense, Yair Lapid, está em andamento.
De acordo com Herzog, "há um grande potencial de colaboração com a Itália", principalmente porque "as relações calorosas" entre os dois países "são baseadas em uma rica história e valores comuns", e tem um grande potencial de colaboração em inovação tecnológica, no qual a Itália está entre os líderes em todo o mundo.
A visita de Draghi a Israel acontece até esta terça-feira (14), quando o italiano visitará o museu do Holocausto e se reunirá com o primeiro-ministro Naftali Bennett.
Esta é a primeira viagem do italiano ao Oriente Médio desde que assumiu o cargo no ano passado. A expectativa é de que Draghi discuta energia e segurança alimentar com as autoridades israelenses. (ANSA)
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