(ANSA) - A Procuradoria de Palermo abrirá uma investigação sobre o caos eleitoral registrado neste fim de semana na capital da Sicília, confirmou neste domingo (12) a ministra do Interior do país, Luciana Lamorgese.
Segundo levantamento municipal, 170 presidentes de sessões eleitorais não comparecerem aos postos de trabalho entre sábado (11) e domingo, prejudicando tanto a organização das salas como as primeiras horas de pleito. Ao todo, a cidade tinha 600 postos de votação.
"A Procuradoria de Palermo analisará os eventuais perfis de responsabilidades consequentes às notificações enviadas pela prefeitura, competente para os procedimentos de indicação das sessões e de substituição dos presidentes", informou Lamorgese.
Além da própria prefeitura, diversas organizações e sindicatos também acionaram os procuradores para avaliar a situação.
Para a ministra, o que aconteceu em Palermo - o maior colégio eleitoral entre as 971 cidades que foram às urnas neste domingo - foi algo "gravíssimo" porque "sem nenhum aviso prévio, um elevado número de presidentes de sessões não se apresentaram para a posse, ou renunciaram às funções, atrasando o início das operações".
"Um tal comportamento exprime uma absoluta falta de respeito pelas instituições e pelos cidadãos chamados nesse dia eleitoral e referendário para exercitar um direito constitucional fundamental para a vida democrática no país", concluiu Lamorgese.
A ausência dos convocados causou problemas na organização das salas, com funcionários da prefeitura e substitutos trabalhando durante toda a madrugada para tentar atenuar a crise. Porém, mais de 25 sessões não abriram às 7h conforme o previsto, com a situação normalizada em todos os locais apenas próximo ao meio-dia.
Além dos problemas no fim de semana, Palermo teve a prisão de dois candidatos - um político de extrema-direita, Francesco Lombardo, e outro de direita, Pietro Polizzi, por terem fechado um acordo de votos com grupos mafiosos.
A cidade também sofreu com um ataque hacker nas semanas que antecederam o pleito, com o vazamento de dados sigilosos de milhares de cidadãos e autoridades locais. (ANSA).