União Europeia

Justiça descarta ligação entre terremoto e avalanche no Rigopiano

Redazione Ansa

(ANSA) - A avalanche que destruiu o Hotel Rigopiano, em Farindola, centro da Itália, em 18 de janeiro de 2017, causando a morte de 29 pessoas, não foi desencadeada pelo terremoto que atingiu a região de Abruzzo no mesmo dia.

A confirmação foi feita nesta terça-feira (14) pela Sexta Secção do Tribunal Civil de Milão, que indeferiu o recurso de indenização apresentado pela empresa proprietária do hotel contra uma seguradora.

A companhia, segundo o processo, invocou o nexo de causalidade entre o sismo e a avalanche por causa de uma apólice relacionada exclusivamente a danos causados por terremotos.

No entanto, os especialistas indicados pelo juiz - o sismólogo Paolo Gasperini e o especialista em neve Massimiliano Barbolini - apoiaram a tese do desprendimento natural em sua consultoria técnica, excluindo que a avalanche tenha sido causada pelo terremoto.

Esta é a primeira sentença de um tribunal sobre a tragédia do hotel. "Estamos felizes porque cinco anos após a tragédia de Rigopiano há uma primeira sentença de um tribunal da República italiana. Trata-se do nexo de causalidade entre o terremoto e a avalanche, um fato muito importante e aspecto muito debatido especialmente no julgamento criminal em curso e no escrutínio dos consultores nomeados", disse o Comitê dos familiares das vítimas.

Segundo o grupo, o " desfecho confirma nossas convicções" de que "a avalanche não foi desencadeada pelo terremoto" e é a "primeira peça de justiça em memória das vítimas do Rigopiano, cinco anos depois da tragédia".

Na manhã de 18 de janeiro de 2017, uma série de terremotos com magnitude superior a 5 atingiu a região de L'Aquila, a cerca de 40 quilômetros do Hotel Rigopiano. Então, às 16h40 do mesmo dia, uma avalanche de enormes proporções envolveu o estabelecimento, causando morte e destruição.

O hotel ficava na cidade de Farindola, na Cordilheira dos Apeninos, e foi completamente destruído. Os hóspedes e funcionários que faleceram na avalanche estavam apenas aguardando o envio de um caminhão limpa-neve para ir embora. (ANSA)

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