(ANSA) - Um incêndio de grandes proporções atingiu nesta quarta-feira (15) uma das fábricas de tratamento de resíduos em Malagrotta, em Roma, incluindo um tanque de armazenamento de combustível sólido.
De acordo com as autoridades locais, as chamas afetam o Tmb2, que trata 900 toneladas de resíduos por dia, além de pelo menos outros dois galpões onde são armazenados plásticos, papéis e uma central de compostagem.
"O incêndio do Tmb não é apenas um acidente grave, mas constitui um dano significativo ao sistema de coleta e descarte de resíduos em Roma, sobre o qual terá consequências imediatas", declarou o prefeito da "cidade eterna", Roberto Gualtieri.
"Já estamos trabalhando para realocar as quantidades tratadas pela planta danificada o mais rápido possível e encaminhá-las para outras estações de tratamento e pontos de venda subsequentes", acrescentou. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma densa coluna de fumaça ficou visível a quilômetros de distância e um forte cheiro de queimado se espalhou pela região. Pelo menos oito equipes tentam apagar as chamas.
O comitê de cidadãos de Valle Galeria lançou um alerta por causa da possível liberação de dioxina no ar. "Além do risco de liberação de dioxina no ar, existem depósitos de gás e gasolina adjacentes que foram alertados", escreveu o grupo no Facebook.
As causas do incêndio, que também afetou o gaseificador inativo por anos, ainda não foram apuradas. A conselheira de Roma, Sabrina Alfonsi, está no local para verificar pessoalmente o impacto do acidente no território.
Além disso, a Agência Regional de Proteção Ambiental (Arpa) foi acionada para analisar os efeitos na qualidade do ar. Em comunicado, a prefeitura de Roma informou que amanhã de manhã a sala de controle se reunirá os operadores que têm contratos diretos e indiretos com a empresa para discutir todos os "esforços para enfrentar esta grave emergência".
Embora o lixão de Malagrotta não seja mais utilizado por Roma, desde que foi fechado pelo então prefeito Ignazio Marino, as usinas presentes, de propriedade da empresa E. Giovi, atendem a capital tratando até mais de 1,2 mil toneladas de resíduos por dia, 8,1 mil por semana.
Os números são fundamentais tendo em vista o frágil ciclo do lixo em Roma que levou Gualtieri a decidir pela construção de uma usina de transformação de resíduos em energia para tornar a capital autônoma e eficiente. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it