(ANSA) - A estatal russa Gazprom reduziu em 50% o fluxo de gás natural para a Itália nesta sexta-feira (17).
Esse é o terceiro corte seguido promovido por Moscou, que comunicou à empresa italiana ENI que vai fornecer apenas metade dos 63 milhões de metros cúbicos diários pedidos.
Na quarta (15) e na quinta-feira (16), a Gazprom havia reduzido o fluxo de gás para a Itália em 15% e 35%, respectivamente.
Os cortes chegam apesar de a ENI ter aberto uma conta em rublos no banco da Gazprom, o Gazprombank, embora continue pagando pela commodity em euro, com a conversão sendo feita pela própria instituição financeira russa.
No entanto, a Itália não registra problemas de abastecimento neste momento, já que vem aumentando seu estoque nos últimos meses. Hoje o país tem uma demanda prevista de 155 milhões de metros cúbicos por dia, com uma oferta disponível de 195 milhões de metros cúbicos.
A maior parte do superávit (23 milhões de metros cúbicos) é estocada para o inverno, enquanto o restante é destinado a exportações.
Até 2021, a Rússia respondia por cerca de 40% das importações italianas de gás natural, com 29 bilhões de metros cúbicos por ano. Contudo, desde o início da guerra na Ucrânia, Roma já assinou acordos para aumentar as importações de outros fornecedores, como Argélia, Angola e República do Congo.
A Gazprom também já reduziu o abastecimento de gás natural para a Alemanha e interrompeu o fornecimento para Bulgária, Finlândia, Países Baixos e Polônia, em retaliação às sanções da União Europeia por conta da guerra na Ucrânia.
"Esse é mais um exemplo do uso pela Gazprom e pela Rússia de seus fornecimentos energéticos como instrumento de chantagem", afirmou a Comissão Europeia, poder Executivo da UE, nesta sexta-feira. (ANSA)
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