(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, cobrou nesta segunda-feira (20) uma ação mais fortalecida em favor das pessoas forçadas a fugirem de seus países de origem para escapar de conflitos ou perseguições.
Em mensagem por ocasião do "Dia Mundial do Refugiado", o chefe de Estado italiano enfatizou que "a ação para os refugiados deve agora ser reforçada com base em uma abordagem multilateral da qual a Itália tem sido historicamente uma defensora convicta".
"A Itália contribui com responsabilidade para o dever moral e jurídico de solidariedade, assistência e acolhimento aos refugiados, garantindo total apoio ao Alto Comissariado das Nações Unidas e promovendo compromissos incisivos e solidários sobre migração e asilo nas instituições europeias", declarou Mattarella.
O presidente da Itália lembrou ainda que o "noticiário internacional nos apresenta constantemente a dramática atualidade da condição dos refugiados".
De acordo com ele, "o direito internacional e nossa Constituição preveem formas específicas de proteção para aqueles milhões de mulheres, homens e crianças forçados por conflitos armados, discriminação, violações e abusos de seus direitos e liberdades fundamentais, a fugir de seu país em busca de um presente e de um melhor futuro".
Por fim, Mattarella expressou "a gratidão da República a todos aqueles - funcionários das Administrações Públicas e operadores de proteção e hospitalidade internacional - que trabalham para aliviar o sofrimento e garantir o acesso dos refugiados", principalmente depois das semanas seguintes a invasão à Ucrânia.
A guerra da Rússia na Ucrânia está causando a mais rápida e uma das maiores crises de deslocamento forçado desde a Segunda Guerra Mundial. Famílias foram dilaceradas e o trauma da guerra terá um impacto principalmente nas mulheres e crianças, que representam cerca de 90% das pessoas que tiveram que se deslocar.
Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), ao final de 2021, o número de pessoas deslocadas por guerras, violência, perseguições e abusos de direitos humanos chegou a 89,3 milhões - um crescimento de 8% em relação ao ano anterior e bem mais que o dobro verificado há 10 anos.
Desde então, a invasão da Ucrânia pela Rússia e outras emergências humanitárias, incluindo África e Afeganistão, elevaram este número para a marca de 100 milhões. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it