União Europeia

Zelensky quer Itália entre garantidores de segurança

Presidente participou virtualmente de fórum em Milão

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu nesta segunda-feira (20) à Itália por seu apoio na guerra contra a Rússia e afirmou que Roma deve estar entre as potências que dariam garantias de segurança a Kiev no caso de um cessar-fogo com Moscou.

O mandatário participou por videoconferência de um congresso do Instituto de Estudos de Política Internacional (Ispi), think tank italiano com sede em Milão, em meio à crescente polêmica no governo de Mario Draghi sobre o envio de novas remessas de armamentos à Ucrânia.

"Precisamos de garantias de segurança para o futuro e acreditamos que a Itália deve estar entre os guardiães. Agradecemos pelo apoio do governo italiano", declarou Zelensky em seu discurso.

A Itália já se ofereceu para estar entre os países que ofereceriam garantias de segurança contra eventuais agressões externas à Ucrânia após a guerra contra a Rússia, medida que seria uma espécie de compensação pela desistência de Kiev de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

No entanto, as negociações para um cessar-fogo estão travadas desde o fim de março por conta do avanço das tropas russas no leste ucraniano.

O discurso de Zelensky chega em meio às discussões no governo Draghi sobre uma resolução a respeito da guerra que deve ser votada no Parlamento nesta terça-feira (21).

Alas do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), maior partido da base aliada, querem que o texto obrigue a Itália a não enviar mais armas para Kiev, porém o premiê tende a se manter alinhado com a Otan, que defende a manutenção do apoio militar à Ucrânia.

"Por favor, nos apoiem", disse Zelensky ao responder ao ex-primeiro-ministro Mario Monti sobre a votação desta terça. (ANSA)

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