(ANSA) - O mafioso italiano Rocco Morabito, conhecido como "rei da cocaína", pode ter o processo de extradição do Brasil atrasado por conta de um processo aberto no país contra ele por tráfico de drogas, mostrou o "Fantástico", da TV Globo, na noite deste domingo (26).
Morabito e outros três italianos, incluindo Vicenzo Pasquani, também preso pela Polícia Federal, são investigados pela polícia de São Paulo por tráfico de drogas na Baixada Santista.
Segundo a reportagem, policiais ficaram por quatro meses monitorando o prédio onde eles moravam no bairro do Morumbi e que havia sido alvo de uma campana policial por conta de reclamações dos vizinhos pelo movimento atípico, com um constante vai e vem de pessoas.
Os carros que saíam do prédio de Morabito iam constantemente para o Guarujá, onde os policiais achavam que iam para uma mansão comprada pelo italiano em 2003. Mas, na verdade, a residência pertencia a um médico, chamado Alexandre Pedroso Ribeiro. No local, os agentes encontraram mais de 60 quilos de cocaína e crack, segundo o "Fantástico".
Por conta da investigação, novos mandados de prisão contra o grupo do italiano e o ortopedista foram emitidos na semana passada. Assim, é possível que a extradição não ocorra enquanto Morabito estiver sendo processado no Brasil.
A extradição do italiano de volta para seu país foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 24 de maio, reforçando a decisão tomada pelo colegiado em março deste ano. Agora, para ser efetivada, só precisa da assinatura do presidente Jair Bolsonaro.
Morabito foi preso na Paraíba, ao lado de Pasquani, em 24 de maio do ano passado. O italiano estava foragido há cerca de 20 anos e era considerado o segundo criminoso mais procurado do país - atrás apenas do lendário líder mafioso da Cosa Nostra, Matteo Messina Denaro, desaparecido há mais de três décadas.
O italiano ganhou a alcunha de "rei da cocaína" por conta de sua atuação na máfia 'ndrangheta, uma das maiores do país, ao fazer o tráfico de drogas da América do Sul com a Europa ser extremamente lucrativo.
Na Itália, Morabito foi condenado diversas vezes por crimes ligados à máfia e ao tráfico, com penas que somam pouco mais de 30 anos de detenção. Após sua condenação, ele conseguiu fugir da prisão e se escondeu por quase duas décadas no Uruguai, onde foi preso em 2017 após ser descoberto usando uma identidade falsa.
Em 2019, porém, conseguiu fugir novamente e foi preso na Paraíba em 2021. (ANSA).
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