(ANSA) - O governo italiano aprovou nesta quinta-feira (30) um decreto com medidas urgentes para apoiar o poder de compra das famílias e ajudar a capacidade de produção das empresas em decorrência dos aumentos dos preços da energia.
Entre outras iniciativas, o Conselho de Ministros prorrogou para o próximo trimestre a eliminação dos encargos gerais das contas de energia para os cidadãos italianos, comércios e pequenas empresas.
Caso a medida não tivesse sido aprovada, os italianos teriam visto suas faturas de energia elétrica aumentarem em até 45% a partir desta sexta-feira (1º). "Teria sido um desastre", declarou o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi.
A suspensão destes encargos está reservada aos contadores de baixa tensão domésticos e não domésticos, com potência até 16,5 Kw, bem como aos veículos elétricos e iluminação.
"Reduzimos o IVA e depois reforçamos também o bônus social. Intervimos para aumentar a armazenagem de gás natural através da concessão de empréstimos a empresas do setor. Aprovamos o ajuste orçamentário para o ano de 2022", acrescentou o premiê italiano.
Com isso, o gás metano para uso civil e industrial estará sujeito a 5% de IVA, enquanto o governo italiano incentivará as reservas de gás por meio de empréstimos a empresas do setor, com um investimento de 4 milhões de euros gerido pela empresa pública Gestora de Serviços Energéticos (GSE).
Durante coletiva de imprensa, Draghi ainda expressou sua "satisfação" porque o governo atingiu todos os 45 objetivos estabelecidos no Plano Nacional de Reformas (PNR) para este semestre.
Desta forma, o ministro da Economia da Itália, Daniele Franco, já encaminhou à Comissão Europeia o pedido de desembolso de 24,1 bilhões de euros.
"Até agora, a Itália respeitou todos os prazos estabelecidos pelo Plano, e é um sinal essencial para a seriedade e credibilidade do país. Já estamos trabalhando nos objetivos de dezembro", concluiu Draghi, agradecendo "a todos os ministros, ao Parlamento, às autoridades locais e a todos aqueles que estão empenhados na implementação do plano". (ANSA).