(ANSA) - O desabamento de uma parte da geleira Marmolada, no último domingo (3), fez o premiê da Itália, Mario Draghi, adiar uma reunião decisiva com seu antecessor e líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, que estava prevista para esta segunda-feira (4).
Draghi e Conte se encontrariam para discutir um eventual desembarque do M5S da coalizão de união nacional que sustenta o governo, o que pode jogar a Itália em uma nova crise política, porém o primeiro-ministro precisou viajar a Canazei para acompanhar o resgate na Marmolada - até o momento, são sete mortes confirmadas e 13 pessoas desaparecidas no glaciar.
A reunião foi remarcada para 16h30 (horário local) da próxima quarta-feira (6). Premiê entre junho de 2018 e fevereiro de 2021, Conte acusa Draghi de ter pedido ao fundador do M5S, Beppe Grillo, para removê-lo da presidência do partido por achá-lo "inadequado".
O primeiro-ministro nega, mas a tensão o obrigou a abandonar uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Madri, na última quarta-feira (29), um dia antes do fim da reunião. Conte ainda questiona algumas medidas tomadas pelo governo, como o envio de armas à Ucrânia, mas também tem de lidar com cisões internas no M5S.
A última delas ocorreu em 21 de junho, quando o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, figura histórica do movimento, anunciou sua saída do partido por discordar da linha de Conte sobre a ajuda militar a Kiev. O chanceler ainda levou com ele mais de 50 deputados e 10 senadores, reduzindo o poder de barganha do M5S. (ANSA)
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