União Europeia

Salvini e Berlusconi descartam governo com M5S e falam em eleição

Políticos divulgaram declaração conjunta após reunião

Políticos divulgaram declaração conjunta após reunião

Redazione Ansa

(ANSA) - Os líderes dos partidos ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, e do conservador moderado Força Itália (FI), Silvio Berlusconi, descartaram neste domingo (17) a possibilidade de manter a coalizão do governo nacional com o Movimento 5 Estrelas (M5S), principal causador da crise política no país.

Em comunicado conjunto, Salvini e Berlusconi informam que a hipótese de governar com o movimento liderado por Giuseppe Conte está "descartada devido à sua incompetência e falta de confiabilidade".

A declaração é dada um dia após Conte dá um ultimato ao premiê Mario Draghi e afirmar que abandonará a coalizão de união nacional se o governo não for claro em relação às suas exigências.

"As novas declarações de Giuseppe Conte - marcadas por ultimatos e ameaças - confirmam a quebra daquele 'pacto de confiança' recordado quinta-feira pelo premiê Mario Draghi e tido na base de sua renúncia", diz a nota.

Berlusconi e Salvini, "com o habitual sentido de responsabilidade, concordaram, portanto, em aguardar a evolução da situação política, prontos em qualquer caso a submeter-se ao julgamento dos cidadãos mesmo a muito curto prazo", abrindo-se ao cenário de eleições antecipadas.

A nota explica ainda que o presidente do Força Itália e o secretário da Liga "tiveram hoje na Sardenha uma longa e cordial reunião", na qual "os dirigentes de centro-direita do governo examinaram e aprofundaram a situação política".

Draghi lidera um governo de união nacional que vai da esquerda à extrema direita e tem como objetivo guiar a Itália até as eleições legislativas do primeiro semestre do ano que vem.

No entanto, o boicote do M5S a uma votação no Senado de um pacote bilionário de ajudas financeiras contra a inflação para famílias e empresas provocou uma crise política e a renúncia de Draghi, cujo pedido foi rejeitado pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. (ANSA)

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