(ANSA) - Em meio ao impasse sobre seu futuro, o premiê da Itália, Mario Draghi, visitou nesta segunda-feira (18) a Argélia, que se tornou o principal fornecedor de gás natural para o país europeu por conta da invasão da Rússia à Ucrânia.
Draghi viajou acompanhado de seis ministros, que assinaram 15 acordos, memorandos de entendimento, protocolos de cooperação e declarações de intenções em setores como energias renováveis, infraestrutura e combate à corrupção e ao jihadismo.
"A Argélia é uma parceira muito importante para a Itália. É assim no campo energético, na indústria, na luta contra a criminalidade, na busca pela paz e estabilidade no Mediterrâneo", disse Draghi em Argel.
Segundo o premiê, o país africano fornecerá quantidades "cada vez mais robustas" de gás natural à Itália, que trabalha para reduzir sua dependência em relação à Rússia.
"Amanhã haverá um acordo muito importante entre Occidental, ENI e Total [empresas de gás de Argélia, Itália e França, respectivamente] de US$ 4 bilhões, que mira abastecer a Itália com quantidades muito importantes de gás natural", disse o presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune.
Também estão previstas colaborações em outras fontes energéticas, como solar, eólica, geotérmica e hidrogênio verde. Essa é a segunda visita de Draghi à Argélia em apenas três meses, evidenciando a importância que o país africano ganhou para Roma.
O premiê, no entanto, tem futuro incerto à frente do governo italiano desde a semana passada, quando um dos principais partidos de sua coalizão de união nacional, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), boicotou um voto de confiança no Parlamento.
Draghi chegou a entregar sua renúncia ao presidente Sergio Mattarella, que negou a demissão e pediu que o primeiro-ministro volte ao Legislativo para ver se ainda tem condições de governar, etapa que está prevista para a próxima quarta (20). (ANSA)
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