(ANSA) - O número de prefeitos que assinaram um apelo em defesa da continuação do governo do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, que teve sua renúncia rejeitada pelo presidente Sergio Mattarella na semana passada, subiu para 1.861 nesta terça-feira (19).
O documento é apoiado por uma longa lista de mandatários das principais cidades da Itália e de pequenos vilarejos, com representação de várias forças políticas, incluindo de centro-direita.
"Nós, prefeitos, chamados todos os dias à difícil gestão e resolução dos problemas que afligem nossos cidadãos, pedimos a Mario Draghi que vá em frente e explique ao Parlamento as boas razões para a continuidade da ação governamental", diz o texto.
Os prefeitos pediram ainda que "todas as forças políticas presentes no Parlamento que deram vida à maioria deste último ano e meio pensem no bem comum e coloquem os interesses do país à frente dos seus próprios problemas internos".
"Agora, mais do que nunca, precisamos de estabilidade", acrescenta o apelo.
Além dos prefeitos, diversas entidades da sociedade civil - associações católicas, antimáfia, de ambientalistas e cooperativas - também lançaram uma iniciativa para apoiar Draghi no cargo de premiê.
A carta reconhece que as eleições legislativas já estão próximas, mas destaca que ainda há muitas questões em aberto antes de levar o país às urnas, como a implantação de medidas econômicas para compensar famílias pela disparada da inflação.
Draghi renunciou ao cargo após um dos principais partidos da base aliada, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), que enfrenta uma drástica queda de popularidade, ter boicotado um voto de confiança no Parlamento.
No entanto, o presidente Mattarella rejeitou a renúncia e pediu que o premiê volte à Câmara dos Deputados e ao Senado para ver se ainda tem condições de governar, etapa que está prevista para esta quarta (20). (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it