(ANSA) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu nesta quinta-feira (21) pelo apoio dado pelo primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, que renunciou ao cargo após ter perdido sua base de sustentação no Parlamento.
"Sinceramente agradecido a Mario Draghi por seu apoio inabalável à Ucrânia na luta contra a agressão russa e na defesa dos valores europeus, como a democracia e a liberdade", escreveu o mandatário em seu perfil no Twitter.
"Vamos continuar trabalhando para impulsionar a cooperação entre Ucrânia e Itália. Estou convencido de que o apoio ativo do povo italiano à Ucrânia vai continuar", acrescentou.
Draghi tem sido uma das vozes mais duras contra o regime de Vladimir Putin na União Europeia e foi derrubado por três partidos acusados de simpatizar com o presidente da Rússia.
Um deles, o conservador Força Itália (FI), é liderado pelo ex-premiê Silvio Berlusconi, amigo de longa data de Putin e que apenas em abril, quando já circulavam notícias dos massacres em cidades ucranianas ocupadas, admitiu estar "profundamente decepcionado" com o mandatário russo.
Já a ultranacionalista Liga chegou a assinar um acordo de cooperação com o partido de sustentação do regime, o Rússia Unida, e seu líder, o senador Matteo Salvini, disse em 2015 que "trocaria dois Mattarellas [presidente da Itália] por meio Putin".
O terceiro partido responsável pela queda de Draghi é o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), cujo líder, o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, é acusado de ter deixado a Rússia usar uma operação de ajuda sanitária à Itália no início da pandemia de Covid-19 para fins de inteligência e propaganda.
"Não é coincidência que o governo tenha sido derrubado por forças políticas que piscam o olhinho para Vladimir Putin", disse nesta quinta-feira o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, dissidente do M5S. (ANSA)
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